Se você ainda tem alguma dúvida do que o Coronavírus é capaz de fazer, dê uma olhada nesse vídeo, onde um motociclista registra o que é andar pelas agora desertas ruas de Nova York em plena luz do dia.
O vídeo acima foi registrado por David Bartner e sua scooter descendo a Sétima Avenida, ao meio-dia em 2 de maio. O motociclista ajudou a escrever uma matéria sobre como está sendo a vida dos motociclistas ao jornal The New York Times. Para ler a matéria completa, clique aqui.
“Na primeira semana, eu fiquei tipo, isso é incrível. Descendo a Quinta Avenida e não há carros”, lembrou Giorgio Milella, designer gráfico de 33 anos, morador do Harlem. Depois o sentimento mudou: “Comecei a pensar: ‘há algo errado com todo esse cenário. Por que não fico em casa? ‘”, pensou consigo mesmo.
Desde que a pandemia se instalou nos Estados Unidos, em meados de março, principalmente em Nova York, poucos motociclistas foram capazes de ignorar a oportunidade – talvez única na vida – de rodar pela Big Apple livres de pedestres distraídos e tráfego pesado.
De acordo com a reportagem, muitos motociclistas estão adorando a experiência: “Manhattan virou o nosso playground“, disse o membro de um grupo que anda pela cidade em Dirty Bikes. Outros, no entanto, estão em conflito.
“Isso deveria ser o nirvana para nós agora, mas um passeio prazeroso parece egoísta, com todos os hospitais lotados e médicos sobrecarregados“, disse Cheryl Stewart, fundadora do Sirens Women’s Motorcycle Club. Além de mais perigoso. “Se sofrermos um acidente, poucos vão se preocupar com um motoqueiro caído agora”.
Alguns, no entanto saem porque precisam como é o caso do porteiro Jan Eggers, cuja profissão foi considerada essencial. Ele, portanto está livre para rodar de Montvale, New Jersey onde reside até Manhattan em sua BMW F850GS: “Tem sido feliz. Em vez de ser ultradefensivo, você pode realmente aproveitar o tempo”, disse.