Harley-Davidson e BMW não estão sozinhas em seus respectivos saldos negativos de 2018. Agora, foi a vez de a Ducati revelar uma queda de 7,4% em suas vendas globais no primeiro semestre de 2018.
De acordo com o balanço semestral da Ducati, 32.250 motocicletas foram vendidas até o momento, o que representa € 448 milhões em receita para os cofres da Audi e 1,4% de participação nos lucros da montadora alemã que é responsável por seu gerenciamento.
Os resultados do segundo trimestre do ano (entre abril e junho de 2018) são ainda mais negativos, com um declínio de 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado. 20.319 modelos foram comercializados contra 22.300 em 2017.
Quase todos os segmentos apresentaram queda, com exceção do Supersport e Superbike, que apresentaram um surpreendente crescimento de 29%. Nada menos do que 7.683 unidades foram entregues nos primeiros seis meses deste ano.
É fácil identificar o motivo disso: a Ducati Panigale V4. Apresentada no Salão de Milão do ano passado, a superbike derivada da MotoGP vem se mostrando um estrondoso sucesso, e a marca italiana afirma que a Multistrada 1260 é outro motivo de orgulho em Bolonha.
Elas, no entanto, não parecem ter força suficiente para impedir o fim de um ciclo de oito anos de vendas em crescimento da Ducati, embora em 2017 a marca italiana quase não tenha crescido. Isso significa que o mercado em duas rodas pode estar mudando novamente, com o fim do interesse pelos modelos Scrambler e Retrô.
A BMW Motorrad experimentou números semelhantes, observando quedas no segundo trimestre de 2018, o que não acontecia há muito tempo. Espera-se tendência semelhante com a Triumph e KTM, embora elas tenham fechado os últimos balanços em alta. A contagem definitiva ao final do ano será determinante para o futuro dessas montadoras europeias.