As ações da Harley-Davidson voltaram a subir, depois que a União Europeia (UE) anunciou o adiamento do novo imposto de 56% que aumentaria substancialmente os preços das motos norte-americanas na Europa.
Uma retaliação direta à gestão de Donald Trump, que elevou as tarifas do aço e do alumínio exportados para a Europa em 2018, o imposto de 56% deveria começar a vigorar em 1º de junho, mas uma nova alternativa será estudada para ser implementada dentro de seis meses.
“Não queríamos estar nesta posição”, disse a comissária de Comércio Europeia, Cecilia Malmstrom em junho de 2018: “No entanto, a decisão unilateral e injustificada dos EUA de impor tarifas de aço e alumínio à UE significa que não ficamos com nenhum outro escolha.“
“Estamos animados com o anúncio de que as tarifas que afetam nossos produtos não passarão de 31% para 56%“, disse o CEO da Harley-Davidson, Jochen Zeitz. “Este é o primeiro passo na direção certa em uma disputa que não foi nossa. Funcionários, revendedores, partes interessadas e motocicletas da Harley-Davidson não têm lugar nesta guerra comercial“, enfatizou Zeitz.
“Essas tarifas fornecem a outros fabricantes de motocicletas uma vantagem competitiva injusta na União Europeia“, prosseguiu o líder da Harley-Davidson. “As motocicletas europeias pagam apenas apenas 2,4% para serem importadas para os EUA. Queremos o comércio livre e justo. Unidos nós rodamos“, destacou.
Como resultado da notícia, as ações da Harley-Davidson subiram +8,9% em um único dia no mercado de ações, superando até suas rivais, Honda, BMW Motorrad e Indian (Polaris). Estima-se que a tarifa teria impactado US$ 4 bilhões em exportações dos EUA.
A Harley-Davidson, no entanto, ainda está lutando em outra frente na Europa depois de ter o importante imposto (BOI) revogado, elevando sua tarifa de importação de 6% para mais de 30%. As credenciais permitiram que a marca operasse com tarifas mais baixas a partir de suas fábricas internacionais.