O construtor Ludovic Lazareth pegou uma esquecida Suzuki RG 400 Gamma de 1985 e lhe deu uma nova roupagem para deixa-la em sintonia com os tempos atuais. O resultado final ficou de tirar o chapéu.
Relativamente desconhecida fora do Japão, a Suzuki RG 400 Gamma era uma pequena superbike apimentada. Apesar da baixa cilindrada, possuía motor de quatro cilindros (em V!), dois tempos (garantia de diversão), quatro carburadores Mikuni e carenagem integral.
E essa preciosa combinação motriz foi praticamente a única coisa que permaneceu inalterada no projeto de Lazareth. A obsoleta carenagem foi imediatamente arrancada, transformando a moto em uma naked. Isso expôs o seu chassi do tipo berço duplo tubular e alterou completamente o “look” do modelo.
O tanque permaneceu o mesmo, mas a rabeta foi feita sob medida, ganhando ares de Café Racer. As bengalas dianteiras invertidas vêm diretamente de uma Yamaha YZF-R1 modificada. Ao contrário do que se imaginaria, Lazareth optou por rodas raiadas, da marca Excel, de 17 polegadas.
Os freios, como não poderia deixar de ser, utilizam pinças de 4 pistões da italiana Brembo, com enormes discos de 340 mm ao invés dos pequenos de 260mm da versão original. Atrás, disco simples de 220mm. Os pneus esportivos são da francesa Michelin.
Vale destacar também o inteiramente novo sistema de exaustão. Os quatro cilindros receberam quatro escapamentos individuais, dois saindo pela rabeta e dois por baixo, nas laterais, como uma típica 500cc da década de 80. A placa precisou de um novo suporte, que vem pela lateral, como na MV Agusta Brutale Dragster.
Os semi-guidões deram lugar à outro, muito mais largo, o que certamente ajudou a melhorar a sensação de controle. O farol, uma vez quadrado, moda na época, passou a ser redondo, assim como o painel de mostrador único. Minimalismo foi a palavra de ordem. Mas, o resultado final, no entanto, fez muito barulho.