Cinquenta anos depois de seus feitos nas pistas, Giacomo Agostini anda é sinônimo de MV Agusta. O lendário piloto italiano foi a grande inspiração para que os caras da “Deus Ex Machina” criassem essa Brutale 800 em sua homenagem.
A motocicleta foi construída em Venice, Califórnia com a mão de ferro do diretor de design Michael “Woolie” Woolaway. A inspiração, claro, foi a MV Agusta 350-4 utilizada por Agostini, mas também há uma boa dose de “Tourist Trophy” nesse projeto, corrida britânica que o italiano também dominou.
O quadro de treliça tubular que abraça o motor tricilíndrico foi mantido inalterado, mas o subchassi é inteiramente novo e construído sob-medida em cromo-molibdênio. O mesmo pode-se dizer do tanque de combustível alongado para trás, em uma clara referência às motos da década de 60. “Esse foi o tanque que mais nos deu trabalho“, disse Woolie.
O motor de 798 cm³ foi pouco modificado, mas recebeu uma pitada extra de tempero, com a reprogramação da ECU Eldor EM2.0, seis novos bicos injetores e uma taxa de compressão mais alta (13,3: 1). Isso tudo elevou sua potência para 140 cv à 13.200 rpm.
O design foi completado com aletas de radiador feitas sob encomenda e o farol substituído por uma placa para números. Para deixá-la ainda mais parecida com a MV Agusta 350-4, os escapamentos 3x1x2 foram esculpidos à mão pela própria equipe, uma verdadeira obra de arte.
As pinças de freio e os manetes, como não poderiam deixar de ser, são da Brembo. As suspensões dianteiras (invertidas) vem da finada Marzocchi. O amortecedor de direção Öhlins está posicionado de uma maneira inusitada, na lateral esquerda. Os pneus são de pista (Slick) Pirelli Diablo Super Corsa.
O toque final foi dado no revestimento do assento. Costurada à mão está uma pequena placa escrito “Ago TT”, novo nome de guerra para esta Brutale. O painel foi simplesmente arrancado e em seu lugar há apenas um tacômetro da tradicionalíssima marca Scitsu. Como não poderia deixar de ser, tudo foi banhado com o mais puro vermelho sangue italiano.