Conforme prometido nas últimas semanas, a Triumph revelou hoje (5) duas novas versões para a Speed Triple, a standard S e topo de linha RS. O motor de 1050cc passou por modificações internas que fizeram sua potência máxima subir para 150 cv.
Embora a Speed Triple tenha passado por uma reforma completa em 2016, já havia indícios de que a Triumph pudesse dar um “up” em sua naked de um litro. A razão mais óbvia era o lançamento da Street Triple no ano passado que, com o novo motor de 765cc se aproximou bastante da irmã maior, em desempenho e ofertas.
Entre as novas opções da Street Triple estão as versões S e RS. Portanto, fazia sentido a Speed Triple ganhá-las também, além de outros melhoramentos. Mas comecemos com o motor. Embora a marca de Hinkley tenha mantido os 1050 cm³ originais de capacidade, foram feitas nada menos do que 105 mudanças internas em todo o bloco.
Com uma câmara de combustão inteiramente revista, novo sistema de exaustão de fluxo livre que o faz respirar melhor, transmissão aprimorada e embreagem deslizante, o motor tricilíndrico ganhou 1000 rotações extras, possibilitando atingir 150,053 cv de potência, com um torque de 11.88 kgf.m. Em comparação, a antiga Speed Triple R atingia 140 cv e 11.42 “quilos” de torque.
Depois do motor, a grande diferença das novas Speed Triple está no painel. Dispensando definitivamente o conta giros analógico, as novas versões possuem agora uma nova tela de 5 polegadas em TFT. Semelhante ao da Street Triple, o visor permite uma assimilação mais rápida das (várias) funções eletrônicas através de páginas, que podem ser comandadas dos punhos.
A Triumph disse que trabalhou em conjunto com a Continental em uma nova Unidade de Medição Inercial, ou centralina eletrônica. Como você pode imaginar, o resultado foram sistemas aprimorados de modos de pilotagem, controle de tração e ABS, que agora é atuante também em curvas. Além disso, eles acrescentaram detalhes extras como uma entrada USB e ignição do tipo sem chave (keyless) para dificultar a vida dos gatunos.
A Speed Triple também ganhou um trato na ciclística. Enquanto a versão S conta com garfos Showa de 43 milímetros, a RS vem com Öhlins NIX30 USD na dianteira e amortecedor traseiro a gás TTX36 da mesma marca, tudo completamente regulável, é claro. Os freios são Brembo M4.34 em ambas as versões, mas só a topo de linha vem com manetes ajustáveis. Os pneus são Pirelli Diablo Supercorsa.
S ou RS? Quais as diferenças?
Como você já pode perceber, a Triumph reorganizou a linha Speed Triple em duas opções, a básica S e a mais completa RS. A primeira está disponível nas cores preta e branca sem grandes detalhes e tem como principais características decalques e rodas pintados de grafite, subchassi na cor titânio e costuras do assento em prata.
A RS possui acabamento e especificações mais elevados. Além das já citadas suspensões Öhlins e freios Brembo, a versão ainda conta com ponteira de escapamento Arrow, para-lamas e aletas em fibra de carbono, spoiler sob o motor, capa para o assento do passageiro e subchassi na cor alumínio. As fitas das rodas são vermelhas, mesma cor das costuras dos bancos. O modelo está disponível nas cores branca e preta, com partes foscas e brilhosas. Os grafismos são mais trabalhados também.
Ambas, no entanto, são verdadeiros upgrades sobre suas respectivas versões anteriores e recolocam a Speed Triple bem à frente da Street Triple, o principal objetivo da Triumph nesse trabalho. A “hooligan” inglesa está pronta para enfrentar a pesada concorrência nos próximos anos, que tem na Kawasaki Z1000, Suzuki GSX-S1000, Yamaha MT-10 e na nova Honda CB1000R como principais adversárias.
Triumph Speed Triple S
Triumph Speed Triple RS