Dois irmãos modificaram, com apoio oficial da Triumph, uma Tiger 800 XCX para competir no PanAfrica Rally. O resultado ficou tão bom que suspeita-se que a marca inglesa utilizou ingredientes do modelo 2018 para fins de testes.
O projeto, que levou mais de seis meses para ficar pronto foi liderado pelos irmãos espanhóis David e Felipe Lopez, ambos engenheiros e pilotos de testes com a ajuda da equipe de engenharia da Triumph.
Eles desmontaram uma Tiger 800 XCX standard e começaram encurtando o subquadro, para uma melhor distribuição de peso. As suspensões, como eram de se esperar, ganharam em altura e curso para enfrentar as duas do deserto do Saara. Uma ponteira Arrow foi adicionada.
Uma série de equipamentos off-road extremos foram adicionados, como um novo protetor de cárter, paineis laterais, assento e para-lamas traseiro. Na dianteira, um para-brisa sob medida, luzes menores e suporte para GPS deixaram a Tiger 800 com um visual tipicamente “Dakariano”.
O resultado deixou a modelo tão diferente que ganhou uma nova alcunha: Triumph Tiger “Tramontana”, nome dado ao vento que sopra nos Pirineus. No rali, Felipe López ficou em segundo na categoria Maxitrail e em 51º na classificação geral, entre 74 competidores.
“Esta é uma motocicleta de corrida que competiu nas condições mas extremas de terreno e distância, então o foco principal sempre foi função ao invés de formato”, explicou López. “As coisas mudaram por um motivo, ou melhorar o desempenho, ou para funcionalidades mais apropriadas em condições de corrida“.
Curiosamente, nas últimas semanas, um protótipo de Tiger 800XR foi avistado em testes, o que sugere que um modelo revisto será lançado nos próximos meses. Competir no PanAfrica Rally pode ter sido o desafio final de durabilidade para certos componentes da motocicleta.