Os dias tem sido difíceis para os amantes das superbikes de média cilindrada, as chamadas “supersport”. Depois da morte da Honda CBR600RR, agora parece ser a vez da Triumph tirar de linha a venerada Daytona 675. Será esse o fim da motocicleta ou podemos esperar algo novo à caminho?
O modelo já não aparece no site da Triumph brasileira e o mesmo acontece nos Estados Unidos e na Inglaterra. Mesmo em outros mercados como o japonês e o indiano, a Daytona 675 não é mencionada, o que evidencia uma decisão tomada pelos executivos de Hinckley.
O motivo provavelmente são as severas normas antipoluição em vigor na Europa e Estados Unidos e que, cedo ou tarde acabam reverberando em outros mercados menores. Um exemplo claro é o nosso Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Promot) que já está chegando à sua quinta fase de atualizações.
Embora alguns modelos “padrão Euro3” ainda estejam disponíveis graças a um prazo extra, 2018 é definitivamente seu último ano de vendas. A partir de 2019, todas as motocicletas zero-quilômetro no mercado europeu deverão ser “padrão Euro4”, que tirou de linha a CBR600RR, vai tirar as Suzuki GSX-R e provavelmente também a Daytona.
Para piorar a situação, o mercado Supersport anda em baixa. Caras e tecnológicas, as superbikes de média cilindrada possuem um desempenho – e um custo – muito próximo das mil, motivo que tem feito muitos potenciais compradores pularem diretamente para o andar de cima. Nos últimos anos, apenas a Yamaha lançou a nova YZF-R6, ainda não disponível no Brasil, nem como importada.
Isso quer dizer que é o fim da Daytona? Não necessariamente. Como todos sabemos no ano passado a Triumph lançou a terceira geração da Street Triple com um novo motor de 765 centímetros cúbicos. A naked é derivada direta da superbike. Para completar, a marca britânica firmou um acordo para fornecer esses motores à Moto2, classe intermediária do Mundial de Motovelocidade… em substituição à CBR600RR.
Não seria lógico matar a Daytona justamente no momento em que as atenções sobre a motocicleta e o novo motor ganham uma promoção considerável. Um protótipo com chassi Kalex já vem sendo testado nas pistas, mas o silêncio é absoluto quanto a uma versão de produção.
A Moto2 debutará o motor Triumph 765cc em 2019, portanto se a marca inglesa tem pretensão de renovar a Daytona o momento ideal de lançamento aproxima-se rapidamente. Depois desse período, ficará cada vez mais improvável vermos um modelo novo. Até porque em 2020 vem aí o Euro5…