Conforme o prometido, a Triumph apresentou hoje (9) a Daytona 660, sua nova esportiva média. Embora claramente focada no dia a dia, a motocicleta não é tão comportada como se imaginava.
Confirmando as previsões iniciais, a motocicleta é impulsionada pelo mesmo conjunto motriz da Trident e Tiger Sport, ou seja, um motor de três cilindros em linha de 660cc. No entanto, os engenheiros britânicos fizeram sim uma revisão considerável para deixá-lo um pouco mais picante na Daytona.
Eles instalaram uma nova árvore de manivela, com um novo eixo e perfil, além de um novo cabeçote, novos pistões e novos pinos de cavilha. A engrenagem das válvulas também é diferente, assim como a taxa de compressão, que foi aumentada de 11,95: 1 para 12,05: 1.
As modificações resultaram em 95 cv de potência máxima a 11.250rpm (17% a mais que a Trident) e 7,0 kgf.m de torque chegando a 8.250 rpm (9% extra sobre a naked). Além disso, 80% desse torque já está disponível a partir de apenas 3.125 rpm.
As mudanças não se limitam ao motor. O quadro treliçado de aço também foi alterado para maior agilidade. As pedaleiras são 10 mm mais altas e 15 mm mais recuadas do que na Trident, com o guidão 95 mm mais para a frente e 110 mm mais baixo, deixando a pilotagem mais esportiva.
A suspensão é composta por garfos Showa Big Piston Fork de 41 milímetrs e um amortecedor traseiro ajustável na pré-carga. Os freios dianteiros são discos duplos de 310 mm anteriores, agarrados por pinças radiais de quatro pistões, completas com linhas trançadas de aço, o que evita o fading.
Os pneus, nas medidas 120/70-17 e 180/55-17, vêm com borracha boa, pneus Michelin Power 6. Seu tanque de gasolina comporta 14 litros. O peso em ordem de marcha é de 200 kg. Altura do assento é de 810 mm, mas pode ser reduzida para 785 mm com um assento diferente.
Outras especificações importantes para quem se interessa: a distância entre eixos é de 1.425 mm, o ângulo de direção chega a 66,2 graus, rake de 82,3 mm, curso da suspensão dianteira, 110 mm e curso da suspensão traseira de 130 mm.
Todo esse conjunto é envolto por uma elegante carenagem integral, sem arroubos de agressividade, porém de design moderno e agradável. É claramente inspirada na Daytona 765R edição limitada que saiu em 2019 e na última encarnação da Daytona 675, de 2016.
Na parte eletrônica, o painel é uma tela TFT multifucional com conectividade com o smartphone (opcional). Além do ABS padrão, há três modos de condução padrão (Sport, Road e Rain) e um quickshifter para deixar as trocas de marchas mais rápidas.
Disponível em três cores, a Triumph Daytona 660 vai encarar a Yamaha R7, de 74,8 cv, Aprilia RS600 (100 cv), Suzuki GSX-8R (81,8 cv), Kawasaki Ninja 650 (68 cv) e Honda CBR650R (95 cv), talvez a sua maior rival. O preço gira em torno de 10.000 euros podendo variar de acordo com país.
A Triumph também vai disponibilizar uma extensa linha de acessórios originais para a Daytona 660. com componentes esportivos, mas principalmente práticos, como alças aquecidas, soquete USB, sistema de controle de pressão dos pneus e vários cases de bagagem. O preço não foi anunciado.
Podemos esperar a Daytona 660 por aqui? A Triumph do Brasil costuma manter o seu catálogo bem alinhadinho com o que é oferecido no resto do mundo. Além disso, a antiga Daytona 675R deixou boa fama e muitas ainda são vistas por aí. Motivos que nos permitem sonhar.