Lucas Carioli
Os efeitos da crise gerada pelo Coronavírus começam a aparecer, não apenas no Brasil, mas no mundo. A Triumph, por exemplo, acaba de informar que cortará cerca de 400 funcionários de toda a sua força de trabalho global.
Revelada em um comunicado, eles afirmam que a reestruturação foi feita “para proteger a saúde a longo prazo da empresa”. Espera-se que cerca de 240 postos de trabalho sejam cortados na sede da Triumph, em Hinckley, Inglaterra.
“Estes não são apenas tempos desafiadores para todos, como indivíduos, mas também para a empresa“, disse Nick Bloor, CEO da Triumph Motorcycles. “Nenhuma empresa poderia prever a escala da crise do coronavírus e suas conseqüências econômicas“.
No que teria sido o pico da temporada de vendas, coincidindo com a primavera e o verão no hemisfério norte, a Triumph afirma que, nos últimos três meses, as vendas de motos acima de 500cc caíram cerca de 40 e 65% em mercados importantes como França, Itália, Alemanha, EUA e Reino Unido.
Apesar de o Reino Unido alegar ter superado o pico da pandemia, a Triumph diz que o mercado deve permanecer baixo nos próximos meses, devido às condições econômicas que o Coronavírus criou. Portanto, eles afirmam que estão tomando medidas para alinhar sua base de custos, a fim de garantir estabilidade futura.
“A pandemia causou danos significativos ao mercado global de motocicletas e, infelizmente, temos que responder e reagir de acordo como empregador responsável e como empresa que investe no futuro“, continuou Bloor.
“Essas decisões não são fáceis de tomar, especialmente quando os meios de subsistência dos indivíduos são afetados; no entanto, lamentavelmente, a escala de impacto da Covid-19 exige que nos reestruturemos agora para proteger a saúde e o sucesso a longo prazo da marca e negócios da Triumph“, explicaram.
Empregando cerca de 2.500 funcionários em todo o mundo, a Triumph afirma produzir 60.000 motocicletas por ano para cerca de 650 revendedores globalmente. No Brasil, a marca conta com 17 concessionárias, em São Paulo (SP), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), São José dos Campos (SP), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Londrina (PR), Vitória (ES) e Várzea Grande (MT).
