A Trackhouse Racing se apresentou ontem (26), de forma mais apropriada para competir na temporada 2024 de MotoGP. Herdeira das vagas da RNF-Aprilia, a equipe de Justin Marks promete reacender o interesse norte-americano pela Categoria Rainha.
Uma apresentação preliminar já havia sido feita em dezembro, para formalmente introduzir a Trackhouse Racing – uma equipe da NASCAR – no universo do motociclismo. O evento de ontem, em Los Angeles, contou com muito folclore dos EUA, mas poucos patrocinadores adicionais, por enquanto.
“Fomos à corrida da Áustria”, disse Marks. “Fomos lá como uma equipe de NASCAR para ver como era a MotoGP, para ver se poderíamos aprender algo sobre como tornar a nossa equipe um pouco melhor, para nos inspirarmos. Isso foi há cinco meses. Queríamos entrar em 2025, mas eles disseram, ‘a porta está aberta agora e não posso dizer por quanto tempo ela ficará aberta’. Foi um momento de preparação e mira para Trackhouse. Temos muitas coisas interessantes pela frente e estamos entusiasmados.”
Ao contrário do que foi dito em dezembro, à princípio, apenas Miguel Oliveira terá uma Aprilia RSGP 2024 para pilotar. Raul Fernandez, por outro lado, terá que se contentar com o modelo 2023, que experimentou pela primeira vez nos testes de Valência, em novembro passado.
“Estou ansioso pela nova moto. Para começar, não acho que a ter a nova moto seja uma vantagem. Primeiro você precisa conhecê-la e fazer a configuração básica. Mas no longo prazo deverá compensar“, disse Oliveira. “A equipe é mais ou menos a mesma do ano passado, mas o espírito mudou. É uma sensação boa, muito orientada para o desempenho. Nossa sede fica na fábrica de Noale. Queremos estar o mais diretamente conectados possível à fábrica.“
“Ainda não posso dizer muito. Eu realmente não me importo se terei a moto de 2023. No ano passado fiz um bom trabalho com esta moto“, disse Raul Fernandez. “No teste em Valência estive consistentemente entre os 5 primeiros durante todo o dia. Quando me sinto confortável, sei que sou rápido. Confiança é tudo. E isso está de volta“, garantiu.
Com sede em Concord, na Carolina do Norte, a Trackhouse garante que veio à MotoGP para ficar. Eles querem reacender o interesse dos EUA pela MotoGP, e fizeram reconhecimento às estrelas norte-americanas Wayne Rayney, John Kocinski e Kevin Schwantz, presentes no evento.
“As corridas de Grande Prêmio são algo que quase foi esquecido aqui”, disse o campeão de 1993, Schwantz. “É um grande trampolim. Há tantos talentos aqui na América que poderiam competir no cenário mundial. Eles simplesmente não têm o suporte para fazer isso. Ter alguém como a Trackhouse, que está focado em corridas aqui – é algo grande.”
“Acho que são notícias realmente emocionantes”, disse Rainey, campeão pela Yamaha em 1990, 1991 e 1992. “Isso tinha que acontecer. A Trackhouse fará crescer sua marca e isso ajudará a aumentar a conscientização sobre as corridas de Grande Prêmio aqui nos EUA.”
Agora a Trackhouse Racing vai se preparar para entrar na pista pela primeira vez como equipe, nos testes de Sepang, na Malásia, que acontecem entre 6 e 8 de fevereiro. A equipe oficial fará da Aprilia a sua apresentação no dia 18. Veja aqui o cronograma.
