Toprak Razgatlioglu saiu do sonho de ser campeão mundial no ano passado para um pesadelo na primeira etapa do WorldSBK em 2025 na Austrália. Incapaz de lutar com a Ducati, o turco disse que a moto é outra e culpa as mudanças nas regras.
Razgatlioglu (BMW) terminou o FP1 em sexto lugar, a mais de 0,8 segundos de Nicolo Bulega (Ducati). No FP2, ele terminou em terceiro com uma diferença quase idêntica, o que significa o quinto lugar na tabela de tempos combinados de sexta-feira – atrás de quatro Ducatis.
“Estive duas voltas atrás de Bulega, ele consegue pilotar com muita facilidade, fazer curvas e acelerar”, descreveu Razgatlioglu. “Eu, por outro lado, parece que estou sobre gelo. Eu sei que não sou tão forte aqui. Mas quando comparo o ano passado com este ano, tudo é diferente. A moto é difícil de desacelerar, não há como mudar de direção e ela não tem aderência.”
Razgatlioglu aponta a mudança no regulamento técnico para 2025 como o grande responsável por essa mudança de comportamento da moto. Esse ano, todos os seis fabricantes tem que correr com 47 kg por hora de fluxo de combustível e pode haver uma penalidade por exceder isso. O que obrigou a BMW a reprojetar completamente a M1000RR.
“Não entendo por que a Dorna aplicou essas regras”, criticou Razgatlioglu. “Em 2019, 2022 e 2023, Álvaro Bautista esteve na frente, a Ducati esteve sempre à frente. Hoje é assim novamente. Por que as regras foram alteradas? Porque eu estava pilotada na frente? Não se trata só de mim, mas também do meu companheiro de equipe, Michael van der Mark. A moto dele também não funciona.”
Toprak também não parece muito otimista com as proximas etapas: “Em pistas de paradas e arrancadas como Portimão e na Inglaterra, a BMW não foi ruim, mas não sei como esse modelo se sairá lá”, ponderou. “Quando está mais frio ainda tenho alguma chance, mas assim que fica um pouco mais quente, não consigo acreditar no que está acontecendo.”