O diretor da equipe Ducati, Davide Tardozzi é um dos primeiros a comentar a sensacional contratação de Marc Márquez para 2025 e traçou um paralelo com a vez de Valentino Rossi e de Jorge Lorenzo.
Tardozzi participou de um podcast do site GPone, onde comentou as recentes contratações da MotoGP. Para o italiano, Márquez é a terceira grande aposta da Ducati, depois das primeiras com Valentino Rossi e e Jorge Lorenzo. Uma aposta que ele julga ser bem diferente.
“Quando trouxemos Valentino Rossi não estávamos preparados. A Ducati não estava preparada para comandar Valentino, o momento foi completamente errado. Mas hoje estamos bem preparados.” Rossi correu lá entre 2011 e 2012 sem conquistar nenhuma pole ou vitória.
Com Jorge Lorenzo, Tardozzi afirma que a Ducati já estava bem melhor, mas o piloto não teve paciência: “Na minha opinião, ele errou ao assinar muito cedo com a Honda. Se tivesse esperado apenas alguns dias, a história poderia ter sido diferente. Ele fez 30,9 em Misano e isso foi em 2017! Uma pena não ter ficado.”
Sobre a contratação de Marc Márquez, Tardozzi relembra que o espanhol vai chegar na casa do bicampeão mundial reinante, Pecco Bagnaia, ou seja, vai ter uma abordagem cuidadosa com o companheiro e com a equipe, pelo menos inicialmente.
“Marc chega ao quintal de Pecco Bagnaia. Ele faz declarações a Pecco que são lisonjeiras e não foram feitas de momento. Quando Marc fala, ele sabe exatamente o que está dizendo, nunca fala de momento. Nunca o vi fazer disso”, revela Tardozzi.
“Quando ele faz uma declaração, é a verdade, e muitas vezes essas declarações têm um propósito específico. Então ele é um cara muito inteligente e terá muito cuidado quando vier até nós, porque no box a Ducati gerencia e não o piloto”, antecipou.
Para Tardozzi, Bagnaia vai saber lidar com a situação: “Pecco sabe o que vale, acredita em si mesmo, tem uma confiança extrema na moto e também na equipe. Basta olhar algumas de suas corridas para entender. Isso também é um desempenho”, disse. “Quando você comanda o Pecco Bagnaia, não vejo porque não podemos comandar o Marc Márquez.”