Após quase uma década de parceria, Tom Sykes pode deixar a Kawasaki ao final do ano. A marca verde, no entanto, já negocia o seu possível substituto. Conheça aqui quem são os candidatos.
Depois de entrar na Kawasaki em 2010, Sykes conquistou pela equipe japonesa o título do Mundial de Superbike em 2013, o que não acontecia desde Scott Russel, duas décadas antes. A relação entre eles parecia inabalável, mas começou a ruir com a chegada de Jonathan Rea, em 2015.
Além de conquistar os últimos três títulos de forma consecutiva e avassaladora (o que também não acontecia desde Carl Fogarty na década de 90), Rea se enturmou de uma forma surpreendente na Kawasaki, relegando Sykes a uma posição de coadjuvante na equipe e no campeonato, o que naturalmente incomoda muito o piloto britânico.
Além disso, a Ninja ZX-10RR passou a ser concebida para o estilo de Rea e não o de Sykes, o que agravou ainda mais a sua performance. No momento, o piloto ocupa apenas a quarta posição no campeonato, 124 pontos atrás do companheiro de equipe.
Os dois também já não parecem possuir a mesma relação cordial de antes. Na segunda bateria da etapa na República Checa, Rea e Sykes se tocaram em um incidente que levou o tricampeão ao chão, acusando-o depois de conduta desleal. Por isso, a Kawasaki procura um piloto que volte a agregar a equipe e estuda os seguintes nomes:
Dani Pedrosa
De acordo com a imprensa espanhola, Dani Pedrosa foi o primeiro a ser procurado para substituir Sykes. Livre para 2019 já que Jorge Lorenzo foi escalado para assumir o seu lugar na Honda, o espanhol seria de grande valia graças à sua aptidão e experiência, com 12 temporadas ininterruptas na HRC.
Pedrosa, no entanto, parece mais inclinado a permanecer na MotoGP, assumindo o posto de primeiro piloto da nova equipe Petronas-Yamaha, que está sendo montada pelo gerente do circuito de Sepang. Existe também a possibilidade de que o tricampeão mundial venha a pendurar definitivamente o capacete no anúncio que fará na próxima semana.
Leon Haslam
Velho conhecido do Mundial de Superbike, o filho de Ron Haslam começou a sua trajetória no campeonato ainda em 2003 e já correu por lá de Ducati, Honda, Suzuki, BMW e Aprilia, antes de deixar o certame em 2015.
Desde então, Haslam concentra-se no competitivo Campeonato Britânico justamente com a Kawasaki e chega a fazer pela marca japonesa algumas participações esporádicas. Sua ascensão à equipe principal seria um passo lógico e o piloto não nega as negociações.
Alex Lowes
Os espanhóis também acreditam que pode acontecer uma troca entre Kawasaki e Yamaha, com Sykes indo para a marca dos diapasões e seu atual piloto, Alex Lowes, assumindo o lugar do conterrâneo na marca verde. Rápido, Lowes já conquistou três pódios nesta temporada contando também com a sua primeira vitória na Republica Checa.
Não seria uma completa novidade para Sykes, que já correu na Yamaha em 2009. A equipe apresenta uma sensível melhora nessa temporada. Além do triunfo de Lowes na República Checa, o seu companheiro de equipe Michael van der Mark dominou completamente a etapa da Inglaterra, com duas vitórias em Donnington Park.
Cameron Beaubier
A mais recente possibilidade nas pretensões da Kawasaki seria uma vinda de Cameron Beaubier ao World Superbike. O norte-americano de 26 anos é um dos protagonistas do campeonato estadunidense “MotoAmerica”, com a Yamaha. Essa seria também mais uma aposta da Dorna em colocar um piloto do país em posição de destaque, o que não acontece desde os tempos de Ben Spies, na década passada.
Sua experiência em campeonatos mundiais, no entanto, é escassa, o que poderia ser uma desvantagem. Em 2009, por exemplo, Beaubier chegou a estar nas 125cc (hoje Moto3) e marcou apenas três pontos. Em 2016 participou do Grande Prêmio da Inglaterra de WSBK com a Yamaha alcançando uma modesta 12º posição na segunda bateria.