A Suzuki registrou no Japão uma nova patente que aplica um comando de válvulas variável ao motor de dois cilindros em V da crossover V-Strom. A tecnlogia poderá ser vista nos próximos anos.
A descoberta do site Moto.it destaca-se pela presença de uma válvula de controle de pressão de óleo, colocada na cabeça anterior, o que muda o eixo de comando e basicamente todo o regime de rotação.
Como o próprio nome diz, em um comando de válvulas variável, elas permanecem abertas em um período que pode variar, ao contrário do comando simples, onde elas se abrem em um momento pré estabelecido do ciclo dos motores de quatro tempos.
Essa tecnologia criada pela Honda no final dos anos 80 permite uma elevação considerável no torque em baixos e médios giros, sem perdas nos altos. Até então, ou você tinha um ou outro. Além disso, é útil na redução das emissões de poluentes e consumo de combustível (também acima de 15%).
Assim como todos os registros publicados, a patente e as ilustrações nem sempre estão atreladas. O fato dos desenhos conterem o motor V2 da V-Strom 1000cc não significa necessariamente que a tecnologia será aplicada nessas motos, mas merece algumas considerações.
No passado, a Suzuki já aplicou um comando variável com a Bandit GSF 400 V, lançada no Japão em 1991 e depois em 1995 com a versão 250. Já em 2004 eles apresentaram um virabrequim diferente – quase wave – que podia ser movido lateralmente para alterar o ângulo de elevação da válvula.
A Tecnologia viria bem a calhar à V-Strom, para deixar a moto da Suzuki em condições de igualdade às rivais, principalmente a Ducati Multistrada, a primeira do gênero a contar um comando de válvulas variável.