Há anos fala-se sobre a Suzuki ter uma equipe satélite na MotoGP. O novo diretor da marca, Livio Suppo disse que o interesse realmente existe, mas não é para agora. “Isso é algo para o futuro, não para 2023.”
Suppo, que assumiu no início do ano a posição deixada vaga por Davide Brivio, disse que prioridade da Suzuki no momento é renovar o contrato de seus dois atuais pilotos. Joan Mir perdeu um pódio certo no GP de Portugal, abalroado por Jack Miller (Ducati) e Alex Rins largou do 23º lugar do grid para chegar em quarto.
“Estamos na mesma situação de contrato do início da temporada no Catar“, disse Livio Suppo ao Speedweek. “Nossa intenção é manter os dois pilotos. Eu sei exatamente como seria difícil substituir os dois. Alex teve uma temporada muito difícil em 2021. Mas agora ele está provando que não era o verdadeiro Alex que vimos no passado. No momento, estamos muito felizes com o desempenho de ambos os pilotos.“
Esse objetivo é tão levado a sério que eles não tem um plano B: “Vamos começar a conversar com os gerentes em breve. Ainda não entramos em contato com nenhum outro piloto porque primeiro queremos descobrir se podemos encontrar novas soluções com a atual dupla de pilotos. Até agora, não temos um plano B caso precisemos de um novo piloto“, revelou Brivio.
Por isso, as conversas sobre ter uma equipe satélite ficaram em segundo plano, além de não ser contratualmente possível no momento: “Nada acontecerá em 2023 porque todas as equipes privadas estão vinculadas a seus fabricantes”, explica Suppo. “Em primeiro lugar, não queremos causar problemas“, garante.
“A Suzuki vem planejando uma equipe satélite há muito tempo. Mas então a situação da Covid e outras coisas intervieram. Então temos que fazer um novo plano junto com Shinichi Sahara [líder de projeto] e explicar os prós e contras. Para mim, há apenas uma vantagem. Mas temos que explicar por que achamos que esse plano faz sentido. Mas isso é algo para o futuro.“
Nem a LCR têm contratos assegurados com Yamaha e Honda para 2023, mas isso deve ser apenas uma formalidade. A Gresini assinou com a Ducati até o final de 2023, a VR46 até o final de 2024. Enquanto isso, a Tech3 tem compromisso com a KTM até o final de 2026 e a Pramac deve ficar com a Ducati.