A Suzuki estaria trabalhando no desenvolvimento de um motor híbrido para ser utilizado nas superbikes do futuro. O propulsor combinaria um turbocompressor com geradores elétricos em um esquema muito semelhante aos atuais carros de Fórmula 1.
Segundo o site britânico Motorcycle News, o último registro de patentes da Suzuki revela um motor que contém dois geradores chamados de MGUS. Um é fixado na parte traseira do motor e aciona o câmbio. Ele aumenta o torque e potência quando necessário, revertendo para o seu papel de gerador durante a desaceleração, recarregando as baterias.
O segundo gerador é aparafusado diretamente no turbocompressor e usa energia elétrica para girar o turbo até velocidades de operação – em torno 200.000 rpm – muito mais rápido do que seria feito pela exaustão de um motor a combustão interna convencional e assim evitando o “turbo lag”, aquele famoso atraso na resposta de potência.
A ideia da Suzuki, na verdade é tentar combinar a sensibilidade de aceleração de um motor aspirado com a força e brutalidade de um turbo, algo só visto até hoje com a recente Kawasaki H2R. Contudo, na montadora de Hamamatsu, o turbo fica na frente do motor, ligado a um coletor de escape curto, e sopra ar de admissão para cima, numa caixa de ar pressurizado, montada na parte da frente do reservatório de combustível.
No mais, o aspecto geral da motocicleta seria bastante normal. Para alegria geral, seria um motor de quatro cilindros, possivelmente de 1000 cm³, que facilmente chegaria aos 300 cv, contando ainda com um acréscimo de uns vinte ou trinta cavalos, graças ao sistema híbrido. A moto está equipada com uma transmissão semi-automática, operado através de botões ou uma embreagem convencional, dependendo da preferência do condutor.
A Suzuki tem pesquisado bastante sobre motores sobrealimentados. Desde o ano passado, surgem evidências de que os japoneses também estariam trabalhado na moto-conceito chamada Recursion, que utilizaria um motor de dois cilindros e 588cc com compressor. As novas patentes, no entanto, revelam um projeto ainda mais radical.
Ambas as ideias devem dar às caras no final do mês durante o Salão de Tóquio, onde a Suzuki já tem histórico de demonstrar a sua perícia técnica. Entretanto, ainda deve demora algum tempo para que (o motor híbrido, pelo menos) se concretize em motos de produção.