Foram descobertos novos registros de patente que revelam os planos da Suzuki de introduzir um comando de válvulas variável na GSX 1340R Hayabusa. A novidade pode aparecer em 2025.
As novas patentes revelam um sistema simples de faseamento de cames hidráulico, apenas na árvore de cames de admissão, que pode girar o came de admissão alguns graus em relação à sua correia dentada quando a pressão do óleo é introduzida no phaser de cames.
Isso é feito em altas rotações, avançando o sincronismo da árvore de cames de admissão para aumentar a quantidade de sobreposição das válvulas – o período em que as válvulas de admissão estão abertas para permitir uma nova carga de combustível e ar no cilindro.
As válvulas de exaustão também ainda estão abertas para expelir a carga gasta do ciclo anterior. Isso maximiza a quantidade de combustível novo e o enchimento de ar que entra no cilindro garantindo que tudo o que entra no escapamento saia.
Com o tempo de válvula fixo, a mesma quantidade de sobreposição das válvulas é excessiva em baixas rotações, permitindo que o combustível não queimado escape para o escapamento antes que as válvulas de escapamento fechem e prejudicando as emissões e a economia.
Isso é importante, uma vez que o Euro5 exige limites rigorosos para as emissões de hidrocarbonetos não metano – que são o resultado de combustível não queimado nos gases de escape. Esses limites vêm aumentando nos últimos anos e devem continuar nos próximos.
O comando de válvulas variável com faseamento de cames já é uma ideia bem conhecida, com a Ducati utilizando o sistema “DVT” em suas motos mais recentes. A Kawasaki GTR1400 utilizava algo semelhante e a própria Suzuki tem um dispositivo totalmente mecânico na atual GSX-R1000.
Esse dispositivo, já patenteado, foi desenvolvido para contornar as regras da MotoGP, que proíbem o VVT eletro-hidráulico. A nova patente da Hayabusa se diferencia por um detalhe específico do sistema de atuação controlado por computador que abre ou fecha canais de óleo para o phaser do came.
Ainda assim, o sistema é totalmente convencional, aparafusado na lateral do bloco de cilindros, onde não interfere no design do chassi da motocicleta não necessitando alterar as carcaças do motor ou o design da extremidade inferior, o que reduz os custos de desenvolvimento e produção.
Nesses quase 25 anos, a Hayabusa teve apenas três gerações, com a Suzuki evitando grandes intervenções. O sistema VVT aqui descoberto seria uma maneira perfeita para adicionar desempenho e reduzir emissões, sem alterar a moto e com custos baixos.
Mas se o sistema for introduzido na Hayabusa não será para o modelo 2024. Essa moto já foi lançada em alguns mercados, incluindo uma edição de “25ª aniversário” que até agora foi disponibilizada à linha nos EUA, França, Itália e Alemanha.