Apesar das regulamentações de emissões cada vez mais rigorosas, a Suzuki disse que os motores a combustão continuarão nos próximos anos, além de continuarem tentando outras formas de motorização. “Uma abordagem multicaminho deve ser seguida.”
Nos últimos anos, Honda, Yamaha, Suzuki e Kawasaki têm se mostrado cada vez mais comprometidas com novas formas de motorização mais limpas. No entanto, o gerente de planejamento de design de motos da Suzuki, Shinichi Sahara disse que os motores a combustão continuarão, mesmo sem gasolina convencional.
“Até março de 2025, introduziremos quatro pequenas scooters elétricas movidas a bateria para uso como deslocamento para a escola ou trabalho, ou para compras. No entanto, para motocicletas de maior capacidade, que tendem a percorrer distâncias maiores, acreditamos em múltiplas abordagens”, disse Sahara ao Motorcycle News.
“Trabalharemos para desenvolver uma variedade de tecnologias, considerando todos os tipos de soluções para atingir a neutralidade de carbono, não se limitando a veículos elétricos, mas também soluções como motores a hidrogênio, biocombustíveis e outros combustíveis neutros em carbono”, explicou. “Veículos elétricos não são a única solução para a neutralidade de carbono. Acreditamos que uma abordagem multicaminho deve ser adotada.”
Nas últimas 8 Horas de Suzuka, a Suzuki competiu com uma GSX-R1000R experimental que empregou uma série de tecnologias sustentáveis, incluindo óleo de motor de origem biológica, escapamento Yoshimura com conversor catalítico, pneus Bridgestone feitos de material reciclado e 40% de gasolina de origem biológica.
Os resultados foram melhores do que o esperado. A equipe conquistou um impressionante oitavo lugar, terminando a corrida de longa duração apenas quatro voltas atrás dos vencedores. “Apesar do uso de itens sustentáveis, ainda conseguimos ser competitivos. O objetivo do projeto era testar esses itens e superar novos desafios”, acrescentou Sahara.
“Acredito que demos passos significativos em direção ao uso de combustíveis sustentáveis, apesar de nosso projeto ter apenas começado. A tecnologia deve ser realimentada no desenvolvimento de produtos. O feedback técnico é um dos objetivos do projeto e acreditamos que há alguns itens com uso prático mais amplo, como e-fuels”, aposta.