Depois de ser descontinuada no mercado europeu, a Suzuki agora confirmou que não haverá uma GSX-R1000 modelo 2025 nem no seu país natal, o Japão. É o fim de uma história que começou há quase 40 anos.
Além de não estar em conformidade com as mais recentes leis de emissões de poluentes, desde 2022 a Suzuki interrompeu o seu envolvimento oficial com a MotoGP e outros campeonatos de classe mundial, como o WorlddSBK e o Mundial de Endurance (FIM EWC) onde eram líderes.
Desde então, a empresa de Hamamatsu foi realinhada em direção a uma política corporativa de economia de recursos, além de focar suas atenções a novos meios de mobilidade urbana, bem mais interessada em se livrar do petróleo como fonte de energia.
A linhagem de motos puramente esportivas da Suzuki começou em 1985, com a introdução da GSX-R750. Com um chassi em dupla trave de alumínio derivado das pistas de corrida, motor com mais de 100 cv e apenas 200 kg de peso, ela virou o segmento de cabeça para baixo.
O sucesso fez com que uma verdadeira família de motos nascesse. Não demorou muito para que logo surgisse a GSX-R250 e também a GSX-R600. Em 2001, em resposta à aclamada Yamaha R1, a Suzuki desenvolveu a primeira GSX-R1000.
Potente, manobrável e extremamente confiável, a GSX-R1000 (especialmente a geração K5) é para muitos pilotos, amadores e profissionais, a sua superbike favorita. A última atualização que a Suzuki fez foi em 2017 (geração L7), que ganhou válvulas variáveis de acionamento mecânico.
É essa que continua a venda no Brasil a partir de R$ 106.500,00, uma pechincha, se considerarmos que a Honda CBR1000RR-R parte de R$ 193.500,00, a Kawasaki Ninja ZX-10R de R$ 117.990,00 e não são necessariamente melhores. Se eu fosse você, que tem interesse, não perderia mais tempo.
Na verdade, o próprio segmento superbike, que já foi o mais prestigiado do mundo, não anda muito aquecido. Quem também está se despedindo do mercado europeu esse ano é a Yamaha R1, embora uma versão puramente para as pistas continue disponível. No Brasil ela já é passado há muito tempo.