Prestes a completar 40 anos, a Suzuki GSX-R1000 deve ganhar uma boa atualização em 2025. Esses registros de patente revelam que a icônica superbike pode ter uma inovação aerodinâmica bem interessante.
Foi em 1985 que a Suzuki introduziu a primeira GSX-R, inicialmente apenas com 750cc. O sucesso foi grande, os anos passaram e a sigla constituiu família, com modelos de 400cc, 600cc e 1000cc. Pelo menos uma sempre esteve em produção durante todo esse período.
Nos últimos anos, as fabricantes japonesas aprenderam com as europeias e norte-americanas a valorizar a sua própria história e a Suzuki não é exceção. O lançamento de uma edição comemorativa de 25 anos da GSX-1340R Hayabusa é uma prova disso.
Isso posto, parece quase impossível que uma celebração aos 40 anos da linha GSX-R passe incólume em 2025. E não apenas com uma cor exclusiva: atualizada pela última vez em 2017, a GSX-R1000 ficou para trás, principalmente quando se trata de aerodinâmica.
É exatamente sobre isso que essa patente recém descoberta trata. A nova ideia é melhorar o fluxo de ar no radiador, logo atrás da roda dianteira, limpando sua passagem entre a parte superior do para-lama dianteiro e a superfície inferior da carenagem dianteira.

Em qualquer moto carenada convencional, o espaço atrás da roda dianteira tem um buraco onde o garfo passa. Esse vazio deve ser grande o suficiente para que a direção gire, e isso significa que parte do ar que passa pela roda dianteira será sugado por ali, em vez de ser direcionado para o radiador.
A solução da Suzuki para o problema é simplesmente tapar esse buraco com uma seção no formato da carroceria, em duas partes para que possa ser presa em torno dos garfos e aparafusado à mesa inferior do guidão para que a coisa toda gira com a direção.
Esse plugue circular se encaixa perfeitamente em um orifício correspondente na superfície inferior do nariz, criando um canal suave para direcionar o ar para baixo em direção ao radiador. Mesmo que não seja ilustrados nos desenhos, o projeto é destinado a uma motocicleta de rua.
A solução, não apenas melhora a refrigeração como também é meio caminho andado para a instalação de asas mais protuberantes na dianteira, agora quase obrigatórias em toda moto esportiva. Sem dúvida, o projeto da Suzuki deve aumentar o downforce na dianteira.
Embora a Suzuki esteja atualmente afastada das corridas, a empresa não é boba. A atualização da GSX-R1000, além de melhorar a sua competitividade frente às rivais, também permitirá que o modelo volte ao mercado europeu, onde foi descontinuada em 2022 por já não obedecer ao Euro5.

