A Suzuki emitiu ontem (12) um comunicado onde formaliza sua saída da MotoGP e do Mundial de Endurance (FIM EWC) ao final do ano. A fabricante de Hamamatsu também explicou os motivos.
A saída já era certa, embora faltasse chegar a um acordo com a Dorna, a empresa que gerencia a MotoGP, pois no final do ano passado eles renovaram seu compromisso com a Categoria Rainha até 2026. No Mundial de Endurance, eles são os atuais campeões e venceram as 24 Horas de Le Mans desse ano. Eles alegam que a súbita mudança foi motivada para realocar recursos em iniciativas de sustentabilidade.
“A Suzuki decidiu encerrar a participação na MotoGP e no EWC diante da necessidade de realocar recursos em outras iniciativas de sustentabilidade. O motociclismo sempre foi um lugar desafiador para a inovação tecnológica, incluindo sustentabilidade e desenvolvimento de recursos humanos. Essa decisão significa que assumiremos o desafio de construir a nova operação do negócio de motocicletas, redirecionando as capacidades tecnológicas e os recursos humanos que cultivamos nas atividades de motociclismo para investigar outros caminhos para uma sociedade sustentável“, disse o Diretor e Presidente da Suzuki, Toshihiro Suzuki.
“Gostaria de expressar minha mais profunda gratidão a todos os nossos fãs, pilotos e todas as partes interessadas que se juntaram a nós e nos apoiaram com entusiasmo desde o estágio de desenvolvimento desde que voltamos às corridas de MotoGP. Continuarei a fazer o meu melhor para apoiar Alex Rins, Joan Mir, Team Suzuki Team Ecstar e Yoshimura Sert Motul para competir competitivamente até o final da temporada. Obrigado por seu apoio amável“, encerrou.
O valor da multa rescisória é mantido em segredo, mas especula-se que gira em torno de 30 a 40 milhões de euros, o equivalente ao que eles tem gastado anualmente de orçamento para a MotoGP. Para 2022, a Dorna já disse que não haverá nenhum substituto para a Suzuki e o grid terá apenas 22 motos.
Também comenta-se que os reais motivos o abandono são outros. Ainda esse ano, foram realizadas buscas nas filiais da Suzuki na Alemanha, Itália e Hungria em conexão com o escândalo do diesel. A divisão de carros teria feito uso de dispositivos ilegais para fornecer leituras de emissões fraudulentas para cumprir os regulamentos da União Europeia em veículos a diesel. Uma pesada sanção da UE estaria a caminho.