Momento histórico: após dez anos, a Suzuki finalmente apresentou a nova GSX-R hoje (17), na abertura do Salão de Milão, na Itália. É a sexta geração da superbike japonesa, que completou 30 anos de produção em 2015.
A Suzuki disse que essa é a mais leve, potente e manobrável superbike já feita na casa de Hamamatsu. Entretanto, seu principal diferencial em relação aos modelos anteriores é um farto pacote eletrônico, que inclui modos de pilotagem, controle de tração e ABS, todos em vários níveis.
O Notícias Motociclísticas já estava informando que uma nova geração da GSX-R estava a caminho desde o começo do ano. Em seu aniversário de 30 anos, a Suzuki planejou uma série de comemorações – inclusive na MotoGP – que se encerrariam com uma nova motocicleta a ser apresentada nos principais salões do final do ano.
O motor de quatro cilindros em linha e 999 cm³ também é novo. Ele introduz comando de válvulas variável pela primeira vez em uma superbike de produção. O sistema faz com que o propulsor tenha o melhor torque disponível em baixas, médias e altas rotações. A parte mecânica ainda conta com outros sistemas patenteados pela marca, como o “Suzuki Top Feed Injector” (S-TFI) e “Suzuki Exhaust Tuning-Alpha” (SET-A) que melhoraram o rendimento em todas as faixas de utilização.
São aprimoramentos que elevaram a potência para cerca de 202 cv, com um torque máximo de 11,33 kgf.m. O peso total a seco ficou em volta dos 200 kg. O quadro manteve a configuração em dupla trave de alumínio, assim como a balança traseira.
Outro diferencial da nova GSX-R são as suspensões da Showa. As bengalas dianteiras invertidas receberam o melhor equipamento da marca, chamado de “Free Front”, desenvolvido nas pistas, capaz de lidar com uma gama muito maior de superfícies e condições de pista do que um garfo convencional, sendo totalmente ajustáveis – e sem fios, na dianteira e traseira.
Visualmente, a motocicleta manteve o “DNA da família” intacto. Contudo é mais leve, esguia, compacta e sensivelmente mais aerodinâmica do que todas as anteriores, segundo a Suzuki. A iluminação é inteiramente feita por LED, quase sendo uma prévia dos novos (e inéditos para o modelo) sistemas eletrônicos que esperam o piloto.
Para se equiparar à suas rivais, Yamaha R1, BMW S1000RR, Aprilia RSV4 e Kawasaki ZX-10R, a nova GSX-R conta com todos os controles eletrônicos que a nova era exige. Começa pelo acelerador, que é eletrônico e sem fio (ride by wire). Isso nos leva ao controle de tração, que tem dez níveis (!!) diferentes. Há também vários modos de pilotagem, ABS, quickshifter e controle de largada, tudo controlado eletrônicamente e em movimento.
Não há a centralina do momento, a Bosch Inertial Measurement Unit (IMU), disponível na R1, por exemplo. Entretanto, a confiança da Suzuki em seu novo produto é tanta que eles afirmam que o piloto não sentirá falta dela. O painel é inteiramente digital em LCD e absorve todas as informações eletrônicas descritas acima.
Incrivelmente, a nova GSX-R não estará disponível imediatamente. A Suzuki já está comercializando a linha 2016, de modo que a nova geração só deve chegar, de fato, às concessionárias em meados do próximo ano, já como modelo 2017.
O preço também não foi revelado e parece que haverá duas versões disponíveis: a completa mostrada no salão e outra mais barata, sem alguns dos componentes premium descritos aqui, como as suspensões e sistemas eletrônicos.
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