A Suzuki apresentou hoje (31) no Japão uma GSX-R 1000R revigorada para celebrar os 40 anos da série GSX-R esse ano. A superbike ganhou melhorias no motor, aerodinâmica e emissões para poder ser vendida em todos os mercados.
Foi em 1985 que a Suzuki introduziu a primeira GSX-R, então com apenas 750cc. Elogiada por pilotos profissionais e ocasionais, a motocicleta deu origem a uma família de modelos históricos, de 250cc, 600cc e 1000cc, esta última chegando em 2001.
Com uma rica trajetória de vitória nas pistas, a GSX-R 10000 precisou ser descontinuada no mercado europeu e japonês há dois anos por não mais se enquadrar aos limites de emissões de poluentes. Chegamos a cogitar o fim da série, mas a Suzuki mostrou que ainda há lenha para queimar.
A nova GSX-R1000R é uma evolução da última geração introduzida em 2017. O celebrado motor de quatro cilindros e 999,8 cm³ recebeu novos pistões, virabrequim, bielas, taxa de compressão aumentada para 13,8:1 e um generoso escapamento que atende aos últimos limites do Euro5+.
O cabeçote do cilindro, o formato da junta do cabeçote e as portas de admissão e escape também foram alterados para melhorar a eficiência. Você também encontra válvulas de diâmetro maior e o formato da parte de baixo do pistão 3 gramas menor para aumentar a durabilidade e reduzir a vibração.
Com isso, a GSX-R1000R perdeu um pouquinho de potência e agora rende 192 cv a 13.200 rpm e 11,2 kgf.m a 11.000 rpm. No modelo anterior, era 201 cv a 13.200 rpm e 11,9 kgf.m a 10.800 giros. Mas a Suzuki afirma que o torque é entregue de forma mais linear agora.
O chassi de dupla trave de alumínio permaneceu o mesmo, assim como a carroceria, que recebeu discretas asas de carbono, fabricadas no Japão, inspiradas na GSX-R1000R que correu nas 8 Horas de Suzuka do ano passado com componentes sustentáveis. O peso líquido é de 203 kg.
A suspensão também foi mantida praticamente sem alterações, com garfos invertidos Showa BFF na dianteira e um amortecedor Showa BFRC na traseira. Os discos de freio de 320 mm são mordidos por pinças radiais Brembo de quatro pistões e a moto vem com pneus Bridgestone RS11.
Na eletrônica, sempre discreta em uma Suzuki, foi adotada uma nova IMU inercial de seis eixos, possibilitando a introdução de um ABS em curvas, quickshifter bidirecional, acelerador ride by wire (sem cabo), três modos de pilotagem e outros sistemas de assistência.
Você também encontra o Easy Start Assist, sistema tradicional da Suzuki que ajuda a motocicleta a pegar mais fácil em partidas a frio, e o mesmo painel digital de LCD negativado da geração anterior. É isso aí, nada de tecnologia TFT aqui. É uma moto pure racing!
A nova GSX-R1000R estará disponível apenas nessa versão, a com R no final, em três esquemas de cores: azul e branco, cores tradicionais da Suzuki; vermelho com branco, que lembra as 500cc Lucky Strike; e amarelo e preto, como vinha na geração K5, uma das melhores.
Preço e disponibilidade não foram anunciados, o que deve ser feito nos próximos meses. Ainda é cedo para a J.Toledo, representante da Suzuki no Brasil se pronunciar a respeito, mas dado o sucesso da GSX-R por aqui, sua vinda é bastante possível nos próximos anos.








