A primeira delas aconteceu em março com o piloto Maurício Paludette, que perdeu o controle de sua moto na freada para o S do Senna, em Interlagos. A segunda ocorreu na mesma pista com Danilo Berto, que não resistiu a um acidente na Curva do Pinheirinho, no final de maio. Como protesto, marcas como Honda, Yamaha e Kawasaki abortaram momentaneamente a sua participação no Superbike Brasil.
<p style="text-align: justify;">A quarta etapa, que aconteceria novamente em Interlagos foi cancelada e transferida para o autódromo Ayrton Senna em Goiânia, circuito que já sediou as 500cc nos anos 1980 e que passou por uma recente reforma visando um retorno ao calendário do Mundial. Enquanto isso, os organizadores realizaram uma profunda revisão em todo o campeonato.Os organizadores, em parceria com a Comissão de Segurança da Motovelocidade (CSM), a Associação dos Pilotos de Motovelocidade (APM) e com especialistas de diversas áreas realizaram alterações em três pontos cruciais: pilotos, Processos-Chave e autódromos. Algumas medidas já entram em vigor a partir de Goiânia. Outras entre agosto e setembro e as demais a partir da temporada 2020.
• Critério de elegibilidade por idade mínima e máxima por categoria. Implementação imediata.
<p class="content-textcontainer" style="text-align: justify;" data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">• Exigência, para pilotos estreantes, de aprovação em curso de pilotagem esportiva em uma das escolas credenciadas pala APM. Implementação imediata.• Critérios para concessão de licença, incluindo nível de experiência, histórico de conduta em competições, performance e exigências distintas em relação a aptidões e condicionamento físico. A partir de agosto.
• Especificações rígidas para equipamentos de proteção, alinhadas com o Campeonato Mundial de Superbike. A partir de agosto.
<p class="content-textcontainer" style="text-align: justify;" data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">• Realização de testes teóricos, de regulamento, pilotagem e segurança e teste prático, de habilidades de pilotagem. A partir de agosto.• Atestado médico cobrindo ampla extensão de áreas, ainda mais completo do que se exige no Campeonato Mundial de Superbike. A partir de agosto.
• Exame psicológico anual e exame clínico em toda etapa, incluindo teste de bafômetro. Implementação imediata.
<p>Em relação aos Processos-Chave:
<div class="mc-column content-text active-extra-styles " data-block-type="unstyled" data-block-weight="24" data-block-id="14">• Orientação e educação: além dos briefings, passa a ser obrigatória a participação de todos os pilotos em palestras de renomados profissionais de múltiplas áreas, convidados pelo SBK Brasil, sobre temas de alta relevância para a saúde, performance e segurança dos pilotos, como nutrição, condicionamento físico e psicologia do esporte.
Haverá também um treinamento especial sobre startle effect, com metodologia vinda da aviação comercial sobre como agir frente ao efeito surpresa de situações inesperadas e de alto risco típicas da motovelocidade. Implementação imediata.
• Certificação de mecânico: o campeonato passa a instituir o Programa de Atualização e Credenciamento de Mecânicos, em parceria com o SENAI, visando mitigar falhas oriundas de preparação e manuseio incorreto da moto por parte dos mecânicos. A partir de janeiro de 2020.
<p class="content-textcontainer" style="text-align: justify;" data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">• Vistorias: as vistorias de motocicletas, equipamentos e boxes, sempre realizadas de maneira ampla e detalhada, passa a ter também registro fotográfico. Implementação imediata.• Posicionamento do Medical Car em local estratégico, com o médico e motor acionados, durante todas as provas, para agilizar ao máximo sua possível entrada em pista. Implementação imediata.
• Além do teste de bafômetro, que já é realizado em todas as etapas em todos os pilotos, o campeonato passará a realizar teste antidoping de forma amostral e aleatória em todas as etapas. A partir de setembro.
<p style="text-align: justify;">• Auditoria: todas as iniciativas serão periodicamente checadas por auditoria externa, para garantir um acompanhamento transparente e isento da sua execução. A partir de setembro.
Em relação aos autódromos:
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• Proteções adicionais: para cada autódromo onde as corridas serão realizadas, o campeonato passa a definir os locais e quantidades exatas de proteções adicionais, bem como o tipo de proteção utilizada, baseada em análise minuciosa realizada com apoio de especialistas nacionais e internacionais. Implementação imediata.
Todas essas iniciativas estão definidas em documento específico, com todos os detalhes referentes à racional de cada mudança, seu objetivo, sua mecânica de implementação e acompanhamento e os prazos para conclusão.
<p style="text-align: justify;">“O SBK Brasil, em conjunto com a Associação dos Pilotos de Motovelocidade e a Comissão de Segurança da Motovelocidade, seguirá ativo e atuante, na busca constante de atualizações nas regras e nos processos-chave, tomando vantagem dos avanços no conhecimento adquirido e nas tecnologias que se disponibilizam ao longo do tempo para o motociclismo esportivo“, disse Bruno Corano, principal membro da organização em nota oficial.