A KTM está encontrando dificuldades em seu projeto de MotoGP e muitos atribuem isso à escolha de competir com um chassis tubular, notoriamente menos rígido do que a concorrência. Mas o CEO da marca, Stefan Pierer garante que eles não pretendem desistir dele e ainda vão dominar a Categoria Rainha.
O empresário argumenta que a menor rigidez do quadro tubular também proporciona uma maior flexibilidade e menor peso, ao contrário do chassi em dupla trave utilizado por Honda, Yamaha, Suzuki e até pela Ducati.
“Nós nunca vai vamos desistir do chassis tubular, porque é uma das principais vantagens de nossas motos. Com ele ganha-se flexibilidade e perde-se peso e foi assim que assim que dominamos várias categorias do motociclismo“, disse Pierer ao Motorsport.com. “O que acontece é que, para alcançar este objetivo precisamos ter as pessoas certas no lugar certo“, completou.
Pierer comparou a situação da KTM com a Ducati, que em seus primeiros anos de MotoGP também possuía um chassi treliçado tubular, depois substituído por um modelo em dupla longarina de alumínio. Mas, para o empresário, vencer utilizando a mesma filosofia das motos de rua é fundamental.
“A Ducati de MotoGP não tem nada a ver com as motos que estão à venda“, disparou Pierer. “Veja as vendas deles [53.000 unidades em 2018] e as nossas [261.500]. Competir, para mim, não é apenas emoção, o meu lema é ‘vencer no domingo e vender na segunda-feira‘”, afirma.
Para encerrar, Pierer esbanja otimismo: “Levamos 11 anos para vencer no Supercross, mas quando conseguimos vencemos cinco títulos consecutivos. Levamos sete anos para vencer no Dakar e agora temos 18 vitórias. Pode levar até dez anos, mas mais cedo ou mais tarde também vai dominar a MotoGP “, garante.