Lembram-se dos capacetes inteligentes Skully, que pretendiam revolucionar a vida do motociclista com um modelo extremamente avançado? Hoje (27) a empresa anunciou o fim de suas operações, mesmo com milhares de entregas já encaminhadas.
O protótipo, divulgado no final de 2014, era uma maravilha tecnológica. No interior de seu casco aerodinâmico, o usuário tinha acesso à uma série de dispositivos, como visão panorâmica (através de uma microcâmera), GPS embutido, comandos de voz e até integração com o sistema operacional do seu smartphone.
O vídeo divulgado na época entusiasmava tanto que muitos se apressaram em ajudar a financiar o projeto em sites de crowdfunding como o IndieGoGo. Tanto é que a expectativa inicial de arrecadar US$ 250 mil foi rapidamente superada, chegando à impressionantes 15 milhões de dólares.
Com previsões tão otimistas, o que aconteceu? Ainda não está claro, mas segundo o site de gadgets e eletrônicos TechCrunch, tudo começou quando o CEO e cofundador da marca, Marcus Weller tentou costurar um acordo com um empresa chinesa, chamada LeSports.
Os outros investidores, contudo, não concordaram com o andamento dos negócios e teriam forçado Weller e seu irmão para fora de sua própria marca. Sem liderança e rapidamente ficando sem dinheiro, a Intel Capital, responsável pelo gerenciamento da Skully, teria optado por encerrar de vez as operações da empresa, o que já começou a ser divulgado nas redes sociais.
“Estamos desapontados que a Skully fechou as suas portas. Estivemos focados no sucesso da empresa por quase dois anos e recentemente tentamos negociar uma rodada de financiamento para mantê-la em andamento”, disse a Intel Capital em um comunicado.
“Pedimos desculpas aos funcionários que estão perdendo seus empregos, os apoiadores de crowdfunding cujos investimentos não funcionaram e os clientes que tinha produto pré-comprado. Continuamos animados com a promessa de ver esse tipo de tecnologia disponível” A empresa empregava cerca de 50 empregados em tempo integral.
O encerramento da Skully significa que mais de 3.000 pessoas, que já tinham adquirido um capacete durante o período de pré-venda não deverão recebê-los. As primeiras entregas deveriam estar acontecendo nesse mês. Da mesma forma, parece difícil que os investidores recebam o dinheiro de volta.