A Triumph está divulgando bastante os testes para sua entrada no Mundial de Moto2 em 2019. No entanto, pouco ou quase nada se sabe sobre a chegada de uma Daytona 765 às nossas ruas. Será que a nova geração da superbike é apenas um sonho?
Na semana passada, várias equipes e pilotos da Categoria Intermediária puderam experimentar, pela primeira vez, o chassi Kalex montado no motor tricilíndrico de 765cc da Triumph Street Triple, apresentado em janeiro de 2017. A experiência rendeu muitos elogios.
Olhares mais atentos, contudo, observaram a presença de uma motocicleta diferente das demais, com freios eram Nissin e não os Brembo habituais. As suspensões eram da K-Tech (não da Öhlins) e detalhes do chassi pareciam muito mais derivados de uma máquina de produção e não as unidades artesanais produzidas pela Kalex.
Representantes da marca inglesa disseram que a motocicleta vista nessas fotos é um protótipo para desenvolver o motor e a ECU. Modificou-se extensivamente o chassi original da Daytona 675 para aceitar o novo propulsor de 765cc, a sua centralina eletrônica, assim como suspensão e componentes de freio.
O curioso é que a Triumph não está colocando uma equipe oficial no grid e nem está desenvolvendo um chassi próprio para a Moto2. Mas, como parte do acordo para ser o fornecedora de motores a partir do ano que vem, eles precisam ceder aproximadamente 200 unidades dos motores para a ExternPro, empresa responsável pela manutenção e distribuição dos mesmos às respectivas equipes.
A explicação de um protótipo para desenvolver o motor e a ECU realmente faz sentido, mas também nos faz imaginar se a Triumph não estaria planejando algo além, como a chegada de uma Daytona 765 ao mercado.
Embora o segmento das superbikes de 600cc ande em baixa, não há como negar que esses testes são a oportunidade perfeita para colher informações de quem realmente entende de corridas. Além disso, o fornecimento à Moto2 é a publicidade ideal para a chegada de uma nova esportiva. Por enquanto, tudo o que ter agora é a esperança.