A decisão da equipe RNF Racing de trocar o fornecimento de motos da Yamaha pela Aprilia em 2023 trouxe uma consequência direta para Toprak Razgatlioglu. As portas da MotoGP fecharam-se para o turco, pelo menos pela marca dos diapasões.
Razgatlioglu vem sendo especulado na MotoGP antes mesmo de se sagrar campeão do WorldSBK no final de 2021 e um teste de presente com uma Yamaha M1 está marcado para junho. Mas o diretor da marca, Lin Jarvis destacou desde o início que seu começo na Categoria Rainha teria que acontecer em uma equipe satélite.
E, ao que tudo indica, a Yamaha não terá uma equipe satélite para ocupar o lugar da RNF Racing. “No próximo ano teremos apenas duas motos no grid. Como eu disse, até agora sempre tivemos pelo menos uma equipe satélite. As outras já têm contratos com seus fabricantes, então não há alternativas“, disse Jarvis em Mugello.
“Para nós é bom assim, porque podemos nos concentrar na equipe de fábrica e tornar nossa moto literalmente mais rápida e no melhor nível possível e estou confiante de que podemos conseguir isso com apenas dois pilotos”, completou o dirigente. Fabio Quartararo está em vias de renovar e Franco Morbidelli tem contrato até o final de 2023.
A Yamaha já é conhecida por não dar muita atenção à sua equipe satélite. Em 2018, a Tech3 também decidira interromper uma parceria de quase 20 anos com os japoneses para juntar-se à KTM, onde conta com as mesmas motos do time oficial e uma estrutura mais bem integrada.
Razgatlioglu, portanto, terá que esperar até 2024 para tentar ingressar na MotoGP com a Yamaha. Antes disso, só se o turco e seu empresário, o ex-piloto Kenan Sofuoğlu conseguirem quebrar o contrato atual com a fabricante de Iwata, que foi assinado em 2021 e também é válido por dois anos.