O Rali Dakar 2016 terá um vencedor inédito na categoria motos. Com a ausência do campeão Marc Coma, que se aposentou e de seu grande rival Cyril Després, que passou a competir entre os carros, quem será o favorito a inscrever seu nome na história do maior rali Cross Country do mundo?
O próximo Dakar também se mostrará um desafio para a KTM, vencedores das últimas edições com Coma e Després. Nos últimos anos, a marca austríaca viu a aproximação das marcas rivais como Honda, Yamaha e Husqvarna, mas ainda conseguiu manter o domínio.
A equipe que parece mais em condições de desbancar a KTM é a Honda HRC. Depois de muitos anos ausentes, os japoneses voltaram como equipe oficial em 2014 e agora o modelo CFR 450 Rally já apresenta maturidade técnica.
Os pilotos também estão no seu melhor momento. Os principais são Paulo Gonçalves, vice-campeão em 2015 e Joan Barreda, vencedor de 13 etapas em cinco anos. Os dois portugueses já estiveram em condições de conquistar o título, mas com problemas ficaram para trás. A Honda ainda conta com a experiência de Jean Azevedo, o único brasileiro na categoria Motos.
Depois de alguns anos na Honda, outro português, Helder Rodrigues se transformou no principal piloto da Yamaha, que também está investindo cada vez mais no Dakar. Além de Rodrigues, a marca dos diapasões terá Alessandro Botturi, recente vencedor do Rally de Merzouga.
Os campeões da KTM não vão se deixar abater tão fácil, visto o grande número de competidores que utilizam o modelo 450 Rally de forma oficial ou sob outros nomes. A grande revelação do ano passado, Toby Price e o campeão do mundo de rali raid, Matthias Walkner estarão defendendo a cor laranja.
Além deles, a KTM também conta com o Jordi Viladoms (2º em 2014), o surpreendente Laia Sanz, os eficazes Olivier Pain e David Casteu e as incógnitas, Stefan Svitko e Ivan Jakes. Utilizando a mesma base mecânica está a Husqvarna, tendo como principais pilotos, o chileno Pablo Quintanilla (4º em 2015) e Ruben Faria de Portugal (2º em 2013).
Vai ser difícil que outras marcas consigam chegar à vitória, mas essa é a ambição da tradicional Sherco, sabendo que Joan Pedrero já é vencedor de uma etapa, assim como o francês Alain Duclos, que conquistou a proeza em 2014, quando ainda competia pela Yamaha.
Além desses a abundância e qualidade de jovens talentos sugere que, pelo menos um deles se destaque em 2016. É o caso do espanhol, Ivan Cervantes e dos franceses, Antoine Meo e Pierre-Alexandre Renet, todos múltiplos campeões que serão observados de perto. As atividades começam em Buenos Aires, Argentina, no dia 2 de janeiro