Lucas Carioli
Relativamente pouco conhecida no Brasil, a KTM conta, no exterior, com uma miríade de motos adicionais e uma delas é a RC390, versão carenada da Duke 390, que está prestes a ganhar uma nova geração nos próximos meses.
Há sete anos no mercado, a RC390 foi uma das primeiras respostas à Kawasaki Ninja 250/300, grande responsável por ressuscitar o até então adormecido segmento das pequenas esportivas. Como você pode imaginar motor, câmbio e chassi são todos derivados da Duke 390.
Mas a RC390 conta com diferenciais significativos para a época, como semiguidões realmente esportivos e garfos invertidos, o que a Kawasaki só foi ter na série 400 em 2018 e a Yamaha R3 a partir da segunda geração em 2019. Já está na hora, portanto, da austríaca se renovar, pelo menos do ponto de vista estético/eletrônico.
Várias publicações de motociclismo indianas têm reportado fotos de espionagem que revelam uma RC390 com um design totalmente redesenhado. Foram-se os faróis gêmeos montados verticalmente e em seu lugar está uma única peça de LED alojada em uma carenagem mais aerodinâmica e afilada.
A nova motocicleta também parece contar com um tanque de combustível maior, guidão de encaixe e painel de instrumentos TFT mais moderno. Os indianos ainda sugerem que a nova RC 390 terá uma ergonomia um pouco mais relaxada graças a um subchassi revisado, o que pode desagradar os fãs mais radicais.
Pouco sabemos sobre o motor, um monocilíndrico de 373 cm³ que atinge 45 cv a 9.000 rpm e 3,77 kgf.m de torque a 7.000 giros. Provavelmente algumas mudanças foram feitas para enquadrar o modelo aos novos limites de emissões do Euro5 e do BS6 indiano, o provável primeiro local de lançamento da RC390, já que é produzida na fábrica da Bajaj Auto.
Essa não é a primeira vez que a nova RC390 é flagrada. Em agosto do ano passado, o protótipo já circulava, indicando que a KTM trabalha há bastante tempo no seu projeto. A Duke 390 também não atende aos novos índices de emissões, o que significa que o lançamento de ambas não deve demorar muito.
