A saída repentina da Suzuki da MotoGP pode ter surpreendido o grande público mas não a Kevin Schwantz, campeão pela equipe em 1993. O norte-americano, que ainda atua como garoto propaganda da marca, disse que os custos atuais do Campeonato Mundial estão altos demais.
Schwantz, que competiu apenas pela Suzuki nas 500cc entre 1987 e 1995, concedeu uma entrevista ao portal isralense Motomagazine.co.il onde revelou ter descoberto sobre a saída da fabricante de Hammamatsu do mesmo jeito que todo mundo, ou seja, através da imprensa.
“Não fiquei muito surpreso, porque a Suzuki teve problemas nos últimos anos vendendo novas motos e produtos“, lamentou Schwantz. “Quando você vê as motos, os pilotos, todo o pessoal da equipe, parece que tudo está no lugar. Você pode pensar que eles estão fazendo o possível para continuar competindo, mas financeiramente é um grande sonho. A MotoGP é um esforço enorme e estar nela não é barato, posso lhe garantir”.
Schwantz também tentou melhorar a imagem da Suzuki, muito criticada pela frieza com que decidiu puxar o plugue: “Nunca me senti tratado como um produto, a Suzuki sempre fez tudo o que podia para os tornar pilotos, e eu em particular, feliz e satisfeito, especialmente com o salário que recebemos. Essa retirada é um erro? Acho que teremos que esperar para ver, eles tomaram a decisão com base no aspecto financeiro e gastar tanto dinheiro em corridas provavelmente não fazia tanto sentido para eles.”
A saída da Suzuki não é unilateral, de modo que ainda precisa ser costurado um acordo com a Dorna para tornar-se realidade. Para Schwantz, a única maneira de fazer os japoneses mudar de ideia agora é o aparecimento de algum patrocinador principal para amenizar os custos.
“Talvez a Suzuki mude de ideia se um grande patrocinador aparecer e disser ‘hey, nós temos dinheiro, por que você não fica na MotoGP?’ Acho que alguns dólares podem mudar as ideias da Suzuki, mas acho que vai ser difícil, não vai ser fácil para eles mudarem de ideia, porque uma vez que eles tomaram a decisão e comunicaram à equipe, acho que eles estão convencidos do que querem fazer“, acredita.