Quem foi ao Salão Duas Rodas encontrou um estranho modelo de três rodas no estande da Yamaha. Trata-se da Niken GT, motocicleta baseada na MT-09 que já é produzida na Europa e também poderá ser oferecida no Brasil no futuro.
Apresentada no Salão de Milão de 2017, a Yamaha Niken chama atenção com seu design robótico, futurista e duas rodas dianteiras, que são capazes de se inclinar em conjunto nas curvas e proporcionar o dobro de aderência.
O sistema chamado de “Leaning Multi Wheel” (sistema de inclinação multi-roda) conta com dois braços paralelos (quadriláteros) na sua parte superior e outros dois braços inferiores. São quatro amortecedores invertidos e funcionando aos pares, com curso de 110 mm para cada lado.
As bengalas dianteiras têm diâmetro de 41 mm enquanto que os amortecedores traseiros são de 43 mm, todos completamente reguláveis. A frenagem é mais poderosa graças às duas rodas dianteiras, que contam com o dobro de área de contato com o piso. São dois discos de 298 mm com pinças monobloco de 4 pistões na frente e outro de 282mm atrás.
O motor é praticamente o mesmo três cilindros em linha de 847 cm³ e 12 válvulas da MT-09, capaz de fornecer 115 cv a 10.000 rpm, e torque de 8,9 kgf.m a 8.500 rpm. Entretanto, um virabrequim mais pesado foi adicionado, o que aumentou a inércia em 18%. Em comparação com a Tracer 900 GT, a relação secundária foi reduzida, com uma coroa de 47 dentes ao invés dos 45 da Sport Touring.
Na parte eletrônica, a Niken GT é bem completa possuindo controle de tração em dois níveis, três modos de pilotagem, controle de cruzeiro, indicador de marcha, manoplas com aquecimento, tomada 12V e quickshifter, o que permite uma pilotagem mais esportiva. Para completar, o modelo é equipado com embreagem deslizante.
A versão escolhida para o Salão Duas Rodas é a GT, que possui um para-brisa mais alto e uma orientação mais estradeira. Até alforjes rígidos são oferecidos na Europa. De acordo com a marca, o objetivo de sua presença no país é “mostrar o quão a frente a Yamaha está no pensamento sobre mobilidade e inovação e a possibilidade de fazermos um estudo de mercado para viabilidade do modelo no Brasil“. Gostamos mais da segunda parte. E você, o que acha?