A MV Agusta apresentou hoje (5), no Salão de Milão, a Brutale 1000 Serie Oro, edição limitada da conhecida naked italiana. Com 205 cv e um kit de competição, a motocicleta é a primeira a conter a nova geração de motores tetracilíndricos da marca.
Em entrevistas ao longo do ano, o CEO da MV Agusta, Giovanni Castiglioni já avisava que uma nova geração de motores tetracilíndricos surgiria em breve para equipar primeiramente as novas Brutale e depois as esportivas F4.
Para atingir esse objetivo, a marca de Varese inspirou-se em seu trabalho com a F4 RC do Mundial de Superbike, empregando estratégias similares em combustão, lubrificação e redução de atrito. O novo motor conta com pistões de diâmetro/curso de 79mm por 50,9mm e taxa de compressão de 13.65, como a moto de corrida.
As válvulas de titânio agora deslizam através de novas guias sinterizadas e se abrem em uma câmara de combustão totalmente reprojetada. A árvore de manivelas foi igualmente retrabalhada, com alterações feitas nos lóbulos de admissão e de escape. Os pistões usam novos anéis baixa fricção, que melhoram o desempenho e a eficiência, enquanto que o virabrequim foi totalmente redesenhado do zero.
O resultado foi uma potência regular de 205 cv, a maior em qualquer streetfighter em linha atualmente. Com o kit de competição instalado (composto principalmente por um novo escapamento da SC-Project), a cavalaria sobe ainda mais, para impressionantes 209 cv, o suficiente para nenhuma superbike moderna botar defeito.
O design sofreu poucas alterações e ainda contém muita influência de seu criador, o influente Massimo Tamburini. Novas asas aerodinâmicas ladeiam o radiador. O quadro é de treliça de aço, acoplado a placas de alumínio e uma série de especiarias, como rodas de carbono (com tampas fônicas, para redução do ruído) e coberturas da embreagem do mesmo material, também presente nas aletas.
As suspensões são compostas por bengalas eletrônicas Öhlins NIX e um amortecedor traseiro TTX36, da mesma marca. Os freios naturalmente são da Brembo e possuem pinças Stylema acopladas a discos de 320 mm. Graças à essas combinações, a Brutale tem um peso a seco de apenas 186 kg, que cai para 184 kg com o kit de competição.
Como não podia deixar de ser, a eletrônica da Brutale foi inteiramente atualizada, graças a uma nova Unidade de Controle Inercial (IMU). São oito níveis de controle de tração, antiwheelie, quickshifter bidirecional e controle de largada. Tudo é controlado através do painel, uma tela de TFT de cinco polegadas. A moto ainda conta com iluminação de LED (com luzes diurnas) e faróis que acompanham o movimento do guidão.
Apenas 300 unidades da nova MV Agusta Brutale 1000 Serie Oro serão produzidas, por um valor ainda não informado. Esta e outras versões limitadas lançadas esse ano estarão presentes quando o Salão de Milão abrir suas portas para o público amanhã (6).