A KTM está apresentando essa semana, no Salão de Milão na Itália, a linha 2017 da Super Duke 1290. A maior naked da marca austríaca ficou (ainda) mais potente e agressiva.
Toda a linha Duke foi renovada para o próximo ano, mas a 1290, graças ao seu novo farol de LED dividido em dois (de aparência quase extraterrestre) e às novas e musculosas abas laterais do tanque de combustível era o modelo que mais impressionava no estande da KTM.
Mas não é apenas de aparência que a Super Duke 1290 é feita. Quem já a conhece sabe que se trata de uma força da natureza. E, após um verão de “treinos intensos na academia”, a motocicleta está entregando agora nada menos do que 177 cv (contra 173 da versão anterior) graças à novas atualizações no motor LC8 de 1.301 cm³.
A nova Super Duke também conta com novos garfos dianteiros de 48mm desenvolvidos pela White Power (WP), marca de propriedade da KTM e com a qual trabalha com estreita colaboração. Utilizando molas mais rígidas (10N/mm) os engenheiros tentaram aperfeiçoar a ciclística. O equipamento é totalmente regulável na pré-carga e rebote, assim como o amortecedor traseiro.
Para controlar tanta ignorância, há uma farta lista de dispositivos eletrônicos, como controle de estabilidade (MSC), controle de tração (MTC) e ABS em curvas da Bosch. Há três modos de pilotagem e um interessante recurso “Supermoto”, que permite o travamento da roda traseira em pilotagem agressiva.
E não termina por aí. A motocicleta ainda oferece quickshifter, antiwheelie comutável (que impede a roda dianteira de levantar nas acelerações bruscas) e controle de largada, excelentes para um Track Day. Tudo é ajustado no painel, um display multifuncional em TFT. O sistema multimídia “My Ride” ainda permite conectividade com seu smartphone sem precisar usar as mãos, mas é oferecido como opcional.
Com tanta fartura, a Super Duke engordou um pouquinho, cerca de 6 quilos, mas essa diferença praticamente não é sentida. E mesmo assim, o peso total ficou em 195 kg, o que é menos do que uma Yamaha XJ6, por exemplo. Nada mal para uma motocicleta de 1300 cilindradas. A KTM (que chama a moto de ‘The Beast 2.0’) deveria considerar sua chegada ao Brasil, um publico que gosta muito de motocicletas viscerais como essa.