A Ducati apresentou hoje (5) no Salão de Milão (EICMA) a Multistrada 1260, nova versão topo de linha da prestigiada big trail italiana. A motocicleta ganhou o motor da XDiavel e uma série de atualizações para o próximo ano.
As suspeitas de que a Ducati iria lançar a Multistrada com nova motorização surgiram ainda em julho, quando documentos deram entrada no Conselho de Emissões da Califórnia (CARB). Trata-se de outra medida prática para driblar de forma simples as novas normas antipoluição de forma que a motocicleta não perdesse potência.
Ao mesmo tempo em que reduz as emissões de poluentes, a Multistrada recebe os benefícios do aclamado motor “Testastretta TVP 1262” da XDiavel. A custom apresentada no ano passado contém os últimos avanços técnicos no propulsor, como o sistema de válvulas variáveis (DVT).
Na XDiavel, esse motor rende 158 cv a 9.500 rpm, com um torque de 13,1 kgf.m à 5.000 rotações. A Ducati, no entanto disse que conseguiu melhorar ainda mais esses números na Multistrada, com toda essa força disponível ainda mais cedo, aos 3.500 giros. Bem impressionante.
O grande atrativo é o novo motor, mas se você olhar de perto verá que os engenheiros da Ducati fizeram vários ajustes e mudanças no chassi treliçado de aço da Multistrada. O modelo, no entanto manteve as suas bem aceitas e inconfundíveis linhas gerais inalteradas para 2018.
A distância entre eixos é 55 mm maior do que o modelo antecessor, graças à uma balança monobraço 48mm mais longa, enquanto o ângulo de cáster passou de 24 para 25 graus. Fica nítido nas fotos o quanto a motocicleta esticou. O objetivo foi aumentar a precisão nas manobras, principalmente com bastante carga.
Em termos de ciclística, a Multistrada 1260 utiliza garfos invertidos Kayaba de 48 mm completamente ajustáveis na dianteira, enquanto que a traseira fica assegurada com um amortecedor Sachs, também com regulagens (remotas) de compressão e rebote. As rodas de liga leve são 340g mais leves e montam pneus Pirelli Scorpion Trail II.
A Ducati sempre caprichou na eletrônica da Multistrada e não foi diferente com a 1260. O modelo possui a centralina eletrônica (IMU) mais avançada disponível para as ruas, habilitando a motocicleta a ter suspensão semi-ativa controlada pelo sistema “Ducati Skyhook Suspension” através do computador de bordo do painel.
Painel que, por sinal, é uma tela de cinco polegadas em TFT, onde o condutor pode passar as páginas e funções através de comandos nos punhos. São cinco modos de pilotagem, facilmente diferenciados através de cores. O modo esportivo está associado ao vermelho, o Touring ao branco (de noite) e preto de dia, o Urban ao cinza e o Enduro ao marrom.
Os oito níveis de controle de tração e de ABS atuam em conjunto com a suspensão semi-ativa em modos pré-selecionados, mas o proprietário pode fazer os ajustes personalizados se assim preferir também. A Multistrada ainda conta com antiwheelie, quickshifter, acelerador ride-by-wire, controle de cruzeiro (de série) e ignição sem chave (keyless).
Três versões serão disponibilizadas: a 1260 Standard (apenas na cor vermelha), 1260 S/D-Air (branca e cinza) e a topo de linha 1260 S Pikes Peak, que conta com pintura exclusiva tricolor e detalhes extras, como escapamento Termignoni, suspensões Öhlins e rodas Marchesini, o que lhe deixa 2,7 kg mais leve que os modelos convencionais.