A Honda apresentou hoje (4), véspera do Salão de Milão, a CBR1000RR-R Fireblade, nova geração da cultuada superbike. Inteiramente revista e com 215 cv de potência, a motocicleta mostra que a marca japonesa está decidida em recuperar a coroa nas pistas de corrida.
Conforme prevíamos, a nova Fireblade justifica o “R” a mais com um novo motor de 999 cm³ e quatro cilindros em linha que, embora não seja V4, utiliza o mesmo curso e diâmetro (81 x 48.5mm) da RC213V-S. O modelo antigo tinha 76 x 55mm. Graças a isso, o sistema de refrigeração precisou ser totalmente alterado.
Inteiramente revisto, o motor possui ainda um novo cabeçote, com virabrequim aprimorado para reduzir o atrito e aumentar a durabilidade. As bielas são forjadas de titânio TI64-A, as extremidades são revestidas com cobre-berílio e as saias dos pistões são revestidas com teflon.
Tudo isso também contribuiu para que a nova CBR1000RR-R atingisse nada menos do que 214,6 cv de potência a 14.500 rpm e 11,4 kgf.m de torque a 12.500 giros, tornando-se a Fireblade mais forte de todos os tempos. Números que a colocaram na frente da Ducati Panigale V4, ficando atrás apenas da versão R, e ainda assim, por pouco.
O quadro em dupla trave de alumínio possui novo design, o braço oscilante é 30.5mm mais longo, assim como a distância entre-eixos, que foi aumentada em 48 mm para melhorar a estabilidade. As bengalas invertidas e reguláveis de 43mm são Showa BPF, assim com o amortecedor traseiro. As pinças de freio Nissin, com 4 pistões, mordem discos de 330 mm.
Graças a um novo sistema de exaustão da Akrapovic (obviamente já de acordo com o Euro5), o peso da CBR1000RR-R subiu um pouquinho, de 195 kg para 201 kg. O pneu traseiro também pode ter contribuído para isso, já que é mais largo, de 200 polegadas ao invés do 190 anterior.
A carenagem foi totalmente redesenhada. De acordo com a Honda, o tanque de combustível agora está 45 mm mais baixo, o para-brisa desvia melhor o vento, assim como as laterais, que possuem as esperadas asas, tão badaladas na MotoGP. A marca japonesa reivindica um coeficiente aerodinâmico de apenas 0,270.
A Honda também caprichou na eletrônica. A nova centralina é capaz de medir seis eixos inerciais (ao contrário de cinco do modelo anterior), o que permite configurações praticamente infindáveis. São vários níveis de controle de tração, modos de pilotagem, ABS em curvas (modo Sport e Track pela primeira vez), controle de derrapagem, de freio motor, de largadas e quickshifter. Tudo é controlado através de um painel TFT de 5 polegadas.
A Honda vai disponibilizar duas versões para a nova Fireblade. A CBR1000RR-R e CBR1000RR-R SP, com componentes ainda melhores, como suspensões Öhlins Smart Electronic Control (S-EC) de segunda geração, pinças de freio Brembo Stylema, entre outros detalhes. Preços e disponibilidade ainda não foram anunciados.
CBR1000RR-R Fireblade
Honda CBR1000RR-R Fireblade SP