A Suzuki apresentou hoje (4) no Salão de Colônia a versão final da nova GSX-R 1000 que finalmente estará nas concessionárias em 2017. O modelo chega com um único objetivo: recuperar a coroa de “rainha das superbikes”.
Trata-se da versão finalizada do “conceito” apresentado no ano passado, que ainda não estava completamente pronto. A sexta geração da GSX-R 1000 chega com novidades mecânicas e eletrônicas, que estava necessitando há muito tempo. Haverá duas versões: GSX-R1000 (standard) e GSX-R1000 R (topo de linha).
O motor é inteiramente novo. Embora permaneça sendo um quatro cilindros em linha, de 999 cm³ e refrigeração líquida, o propulsor é 22,2 milímetros mais curto, 6,6 milímetros mais estreito e 10% mais leve do que o último, trazendo como principal novidade um novo sistema de válvulas variáveis (VVT) desenvolvido pela equipe de competições da MotoGP.
Ao contrário do que se esperava, esse sistema possui um acionamento inteiramente mecânico (hidráulico) e não eletrônico. A solução encontrada pela Suzuki foi um mecanismo de rolamentos de esferas ativadas por centrifugação que são arremessados para fora da extremidade da engrenagem para alterar o tempo de admissão e dar um impulso na potência.
Segundo o engenheiro chefe do projeto, Shinichi Sahara, a magia acontece aos 10.000 rpm quando um “boost” oferece 5% a mais de potência (cerca de 10 cv) até a linha vermelha do conta-giros. Enquanto isso, o torque em baixa fica garantido graças ao diferente tempo de admissão proporcionado pelas válvulas variáveis. A potência é de 201 cv e o torque 11,99 kgf.m.
Eletrônica de primeira
É na parte eletrônica que a Suzuki GSX-R 1000 realmente entra novamente para o disputadíssimo ringue das superbikes. O modelo ganhou a badalada Unidade de Medição da Bosch (IMU), centralina que permite à motocicleta uma infinidade de regulagens e ajustes contínuos em tempo real.
Isso permitiu que a GSX-R ganhasse nada menos do que dez níveis de controle de tração (chamado por eles de Motion Track TCS) e de ABS, que é em curvas. São três modos de pilotagem: “A”, destinado à pistas de corrida ou estradas bem pavimentadas; “B”, nível intermediário, para pistas e estradas e “C”, para uso urbano ou em dias chuvosos.
A Suzuki disponibilizou também um completo quickshifter, que permite trocas rápidas de marcha sem o uso da embreagem, para cima ou para baixo; controle de largada e suspensão semi-ativa. Todos esses recursos podem ser controlados no painel, um completo display inteiramente digital. A iluminação (faróis e lanternas) são todas de LED’s.
Ciclística aprimorada
A GSX-R 1000 ganhou um novo chassi em dupla trave de alumínio e um novo subquadro traseiro, ambos 10% (cerca de um quilo) mais leves e 20 milímetros mais estreitos em seu ponto mais largo do que a moto anterior. O braço oscilante ganhou em rigidez e há um amortecedor de direção eletrônico para auxiliar na estabilidade geral.
Enquanto a GSX-R 1000 utiliza garfos invertidos Showa Big Piston, a GSX-R 1000R possui o Showa Balance Free, mais complexo e semelhante ao da Kawasaki ZX-10R. O mesmo princípio acontece na traseira: enquanto o modelo standard tem um monoamortecedor progressivo mais simples, a topo de linha é equipada com um Showa BFRC, idealizado para pilotagem extremamente esportiva.
A frenagem fica garantida com dois discos de 320 milímetros montados em cálipers radiais de quatro pistões Nissin na dianteira. Na traseira, disco simples de 220 milímetros e dois pistões. Tudo é controlado eletronicamente graças ao ABS em curvas de última geração. As rodas são de alumínio, montadas em pneus Bridgestone RS10, medidindo 120/70 R17 e 190/55 R17.
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