A Honda está apresentando no Salão de Colônia a linha 2017 da CB1100EX, conceito retrô inspirado nas motocicletas da marca nos anos 60 e 70. A grande novidade, no entanto, é a versão RS, de estilo Café Racer.
A maior maturidade (e oferta) do mercado europeu permite o lançamento de modelos diferenciados em relação ao brasileiro, mais focado em desempenho e tecnologia. No velho continente, o que está em voga é uma volta ao básico, por isso o sucesso de modelos retrô como Ducati Scrambler, BMW R Nine T e Triumph Bonneville.
A Honda, como era de se esperar, não quis ficar de fora desse nicho e disponibiliza a adorável CB1100EX, totalmente inspirada nas famosas “Four” da marca nos anos 60 e 70. Mas, por incrível que pareça, a moto não está fazendo o sucesso que se esperava, por isso os japoneses realizaram uma atualização geral para ver se as vendas bombam.
O motor, um quatro cilindros DOHC de 1140 cm³ refrigerado a ar foi revisto e respira mais facilmente graças à um novo coletor de admissão 70mm menor. A embreagem agora é deslizante, deixando o manete mais macio e convidativo a uma tocada esportiva. Mas antes de sair por aí empinando, lembre-se que a moto não é muito leve: 255 kg.
A suspensão é da marca Showa, tanto na frente quanto atrás. As bengalas convencionais são de 41 milímetros na dianteira com amortecedores duplos na traseira. As rodas raiadas têm 18 polegadas, nas medidas 110/80/18 e 140/70/18. O freios são Nissin, com discos flutuantes de 296 mm e pinças não-radiais de quatro pistões. O farol é de LED. É oferecida nas cores amarela, branca e vermelha.
Honda CB1100RS
A grande novidade da linha no Salão de Colônia foi a completamente nova versão “RS”, que se destaca pelo visual e espírito sensivelmente mais esportivo. É com esse modelo que a Honda pretende caçar entusiastas de Triumph Thruxton e da nova BMW R Nine T “Racer”.
A versão RS se diferencia da EX em diversos aspectos a começar pelas suspensões. Os garfos dianteiros são mais robustos, de 43 milímetros e duas válvulas internas controlam melhor a compressão e rebote. Os amortecedores traseiros possuem reservatório de gás. Tudo da marca Showa.
As rodas de alumínio são de 17 polegadas, calçadas em pneus Bridgestone T30S nas medidas 120/70/17 e 180/55/17, o traseiro de perfil baixo. Os discos dianteiros têm 310 mm mordidos por pinças radiais Tokico de quatro pistões. O ABS é de série.
Mais aprimoramentos foram feitos na ciclística. O ângulo de cáster, que na EX é de 27°/114mm passou para 26°/99mm na RS. A distância entre-eixos também caiu, de 1.490 mm para 1485 mm. O objetivo foi deixar a motocicleta mais esperta e responsiva em meio à mudanças rápidas de direção. A versão também é três quilos mais magra, com 252 kg.
Na estética, fica evidente o menor uso de cromados, principalmente nas rodas e no para-lama dianteiro, preto. O tanque (de 16,8 litros) recebeu também uma faixa escura para deixar bem destacado que essa é uma CB1100 “de briga”. As tampas laterais são de alumínio prensado, o descanso lateral é maior e as pedaleiras, mais elegantes. A iluminação é toda em LED, inclusive os piscas. O motor recebeu exatamente as mesmas modificações da versão EX. Será oferecida nas cores vermelho e preto.
Se Triumph e Ducati viabilizaram o comércio de suas retrôs no Brasil, a CB1100, sem dúvida, é uma motocicleta que também deveria ser trazida para cá, um país ainda com muitos órfãos da lendária “Sete Galo”. Pense com carinho nesse assunto, Honda.
Honda CB1100EX
Honda CB1100RS