A Royal Enfield divulgou os resultados comerciais do primeiro semestre de 2020. Assim como os demais fabricantes, os indianos reportaram uma queda impressionante de 59% nos seis primeiros meses do ano.
Tendo que lidar com uma parada inesperada em sua fábrica a medida que os casos avançavam na Índia, além do fechamento de diversos países, a Royal Enfield não conseguiu vender mais do que 97.601 unidades no primeiro semestre. No mesmo período do ano passado, haviam sido 237.894 motocicletas.
O mês mais crítico foi maio, com apenas 19.113 unidades comercializadas. Junho, no entanto, mostrou sinais de recuperação, com 38.065 e julho foi encerrado com 40.334. Mesmo assim, em junho de 2019 eles venderam 54.185 motocicletas, queda de 26%, ou pouco mais de 1/4.
A maioria das vendas da Royal Enfield é doméstica, com as exportações representando apenas uma quantidade comparativamente pequena. Entretanto, esse setor também viu a expressiva queda de 52% em julho de 2020 comercializando 2.409 unidades no mês passado, em comparação com 5.003 unidades vendidas no ano anterior.
No Reino Unido, o seu principal mercado externo, o modelo Interceptor 650 provou ser um best-seller, dominando o segmento médio retrô nos últimos 12 meses. Já na Índia, as vendas foram encabeçadas pelos modelos Royal Enfield Classic 350, Bullet 350 e Himalayan.
Tendo registrado um expressivo crescimento na última década (a ponto de se instalar no Brasil, no final de 2017), a Royal Enfield passa a olhar o futuro agora com muita cautela. Para contornar as dificuldades, a marca lançou no Reino Unido o “Service on Wheels”, que visa fornecer serviços de manutenção na casa dos clientes.