A Royal Enfield está apresentando oficialmente essa semana, a Himalayan 450. A principal motocicleta da marca passou por uma grande reformulação que a coloca entre as líderes do segmento adventure.
Foi com a Himalayan 400 que a Royal Enfield despontou no cenário de duas rodas mundial. Graças a sua mistura de confiabilidade, robustez, baixo custo e apelo retrô, a fabricante anglo-indiana passou de uma excêntrica anacrônica para uma influencer em um espaço de poucos anos.
Era natural portanto, que a Royal Enfield desse um carinho especial à Himalayan para deixá-la ainda mais atrativa em meio a uma concorrência pesada. E a primeira providência foi melhorar o motor SOHC, que até então tinha 411 cm³, era refrigerado a ar e rendia pouco mais de 24 cv.
A nova Himalayan é impulsionada por um moderno motor monocilíndrico, com duplo comando (DOHC), quatro válvulas, refrigeração líquida. Com um diâmetro e curso quase quadrado de 84 mm x 81,5 mm, a capacidade volumétrica foi aumentada para 452 cm³.
Graças a essas alterações, a Himalayan 450 agora é capaz de desenvolver 40 cv a 8.000 rpm. O torque também aumentou de 3,26 kgf.m para 4,07 kgf.m totalmente disponíveis a 5.500 rpm. Mesmo assim, o motor consegue ser 3 kg mais leve que seu antecessor.
Não foi só no motor que a Himalayan 450 mudou. O quadro, projetado em grande parte na sede de desenvolvimento da Royal Enfield no Reino Unido, também é inteiramente novo, o que deixou a moto mais longa, mais inclinada para a frente e mais alta.
Os garfos Showa são invertidos de 43 mm no lugar dos telescópicos convencionais de 41 mm do modelo antigo, oferecendo 200 mm de curso, o mesmo do amortecedor traseiro, aparafusado a um braço oscilante curvado para limpar a elegante ponteira de escapamento.
Apesar da impressionante distância ao solo de 230 mm, 10 mm a mais do que antes, a Himalayan 450 consegue manter uma altura de assento razoável de 825 mm, e que pode ser elevada até 845 mm. Uma opção de assento baixo reduz a configuração mínima para 805 mm.
As rodas raiadas tem medidas 110/70-21 na dianteira e 140/60/17 na traseira. Em termos freios, a pinça ByBre (segunda linha Brembo) de dois pistões, morde o disco de 310 mm na parte da frente e outro de 270 mm (com pinça de pistão único) na parte de trás.
A Royal Enfield também caprichou na parte eletrônica, equipando a Himalayan 450 com um painel TFT circular colorido com sistema de navegação completa e conectividade telefônica, tudo controlado através de comandos nos punhos, incluindo um joystick.
Na dianteira, o farol redondo ainda está lá, mantendo a natureza retrô da Himalayan, embora a iluminação seja totalmente de LEDs. Na traseira, no entanto, a lanterna é nova e se rendeu à modernidade, o que deu um aspecto mais dinâmico à motocicleta.
Os únicos pênaltis técnicos da nova Himalayan são o tanque de combustível, que comporta apenas 17 litros, pouco para a categoria, e o câmbio, que permaneceu com 5 marchas. Mas o peso total, pronta para uso, se manteve em amigáveis 196 kg.
A nova Royal Enfield Himalayan 450 chega às concessionárias europeias no início de 2024 em cinco opções de cores. É bem provável que o novo modelo desembarque no Brasil na sequência, já que o modelo atual agradou bastante por aqui.