Mesmo com a crise do Coronavírus, os planos da Royal Enfield seguem otimistas. De acordo com o seu CEO, Vinod Dasari, a marca anglo-indiana espera lançar um novo modelo a cada trimestre pelos próximos três e quatro anos.
Dasari, que substituiu o gerente anterior, Siddhartha Lal em 2019, disse que a Royal Enfield vai apresentar uma nova plataforma em breve, assim que os impedimentos do Coronavírus terminarem. Até onde todos sabem, esta nova máquina será a Meteor 350.
“Uma das coisas que fizemos nos últimos anos é acelerar significativamente os novos planos de produtos. Continuaremos sendo uma empresa de médio porte, entre 250 e 750cc. Nesse intervalo, há cinco níveis o que estamos trabalhando“, revelou Dasari ao site CarandBike. “A primeira é a plataforma. Temos uma nova chegando, que já teríamos apresentado e faremos assim que o bloqueio terminar. Sob as plataformas temos os modelos. Para eles temos versões e, em cada versão, diferentes acabamentos, gráficos, cores e, depois, as edições limitadas“, explicou o empresário.
“Então, cinco níveis, estamos tão empolgados que, até certo ponto, a cada trimestre, nos próximos três a quatro anos, teremos um novo modelo“, continuou. “Não é apenas mudar as cores ou algo assim, será quase um novo modelo, ou uma versão, nos próximos três a quatro anos“, garantiu. Isso sugere que veremos pelo menos 10 novas Royal Enfield nesse período.
Depois de fazer o mesmo design básico nas mesmas motocicletas por décadas, a Royal Enfield “revolucionou” sua linha com as novas Interceptor e Continental GT, ambas de 650cc em 2018. Embora tenham estilo retrô, os modelos contam com uma mecânica atualizada e foram muito bem aceitas pelo público.
Tudo mudou, no entanto, com a chegada do Coronavírus. Desde que a pandemia chegou à Índia, a Royal Enfield venceu apenas 91 unidades em abril. Em maio, esse número subiu para 18.429 motocicletas, ainda assim muito aquém das 60.211 do mesmo período do ano passado, que também não foram tão grandes aos anos anteriores.
Alguns especialistas acham que isso aponta para um futuro mais difícil para a Royal Enfield, quando comparado ao crescimento exponencial visto em meados da década passada. Talvez sim, mas se a marca avançar com seus novos modelos deverá manter-se como um ponto forte, pelo menos em sua indústria doméstica.