Já que a VR46 vai correr com Ducati em 2022, não demorou a surgir a questão: será que rola um teste despretensioso de Valentino Rossi com a Desmosedici? O CEO da marca disse que a decisão é do chefe da equipe, Gigi Dall´Igna.
De acordo com o engenheiro de telemetria Matteo Flamigni, que acompanhou Rossi durante boa parte de sua carreira, Rossi não perderia a oportunidade de experimentar a moto com a qual lutou contra nos últimos anos. “Acho que ele vai dar uma volta com a Ducati, mesmo que apenas por curiosidade”, disse em novembro.
Questionado sobre o assunto pelo jornal italiano La Gazzetta dello Sport, o CEO da Ducati, Claudio Domenicali disse que não se opõe, mas não é ele quem decide: “Isso tem que ser decidido por Gigi Dall’Igna“, que é o chefe da equipe oficial na MotoGP, esclareceu o executivo.
Domenicali, aproveitou para comentar sobre a passagem de Rossi pela Ducati entre 2011 e 2012: “Foi uma época em que não éramos feitos um para o outro. Era uma moto muito próxima das expectativas de Casey Stoner e era difícil de entender para um piloto que estava acostumado a uma moto mais equilibrada”, admite.
Apesar disso, Domenicali acredita que hoje seria muito diferente: “a Ducati que temos agora é muito diferente, a resposta é que, na minha opinião, ele teria sido forte com esta moto“. O CEO ainda classificou o eneacampeão como “uma pessoa única, que encarnou uma combinação de talento, determinação, resultados incríveis e que também gerou muita simpatia“.
Mesmo que Gigi Dall´Igna permita, a situação não é tão simples. Rossi é muito ligado à Yamaha, com a qual ainda tem contratos com a VR46 Academy e VR46 Master Camp. Além disso, para participar de uma sessão, Rossi precisaria estar inscrito como piloto de testes de uma determinada equipe, algo que o Doutor não requisitou até agora e que também não gosta: “Testar é uma das partes mais chatas“, disse inúmeras vezes.