Valentino Rossi foi o centro das atenções hoje (10) na entrevista coletiva que abre os trabalhos para o Grande Prêmio de San Marino, em Misano. O italiano rechaçou os boatos de aposentadoria que circularam nos últimos dias e comentou muitos outros assuntos.
No início da semana, o popular diário alemão Speedweek levantou a hipótese de que a Petronas-Yamaha poderia contratar Andrea Dovizioso e não Rossi para a próxima temporada, já que o piloto da Ducati vai deixar a marca ao final do ano.
“Não é verdade. A situação é como há três semanas, está demorando [o anúncio] porque não temos pressa e há coisas a fazer, mas estamos muito perto de assinar, vou correr com a Petronas no próximo ano, 99% certo. Não posso dizer 100% porque ainda não assinei, mas acho que talvez em Barcelona possamos fazer o anúncio“, acredita.
Para o eneacampeão, esse tipo de notícia só acontece para gerar cliques: “Acho que a minha desistência é uma ótima notícia. Se você escrever ‘Valentino Rossi está se aposentando’ muita gente clica para ler. Acho que é por esse motivo, não tem outra explicação“, disse. “A situação não mudou, já tentei muitas vezes explicar que vou correr no próximo ano, mas talvez seja mais interessante dizer que vou me aposentar. Não sei se a razão, talvez alguém queira que eu me aposente, não sei“.
Sobre Dovizioso, que ainda está sem equipe para 2021, Rossi também teceu algumas palavras de apoio: “Assinaria agora para ter ‘Dovi’ como piloto de testes. Acredito e espero que ele encontre uma moto para correr, porque ainda é jovem e rápido“, opinou.
Rossi também disse o que espera da corrida: “É sempre especial, porque cresci a 10 km desse circuito“, relembra. “Também será especial porque será a primeira corrida com alguns espectadores por perto, acho que é um pequeno passo para voltar à normalidade o mais rápido possível. No papel podemos ser mais competitivos porque no ano passado a Yamaha foi forte em Misano. Podemos ser rápidos. Temos de lutar pelo pódio“, torce.
O piloto de 41 anos também comentou o teste positivo de Jorge Martin para Coronavírus: “Soube hoje. É um grande problema, porque é muito perigoso, temos que estar atentos e ficar em casa, não ver muita gente“, disse. “É uma má notícia para o Martín, vai ter que parar por uma ou duas corridas, é ruim para o campeonato dele. Mas depende da sorte ou não, porque mesmo prestando atenção, em casa, você pode encontrar apenas uma pessoa e se infectar. Acho que Martín não teve sorte“.
Por fim, uma palavra sobre o inédito vencedor da última etapa, Miguel Oliveira: “Gosto sempre de acompanhar os jovens pilotos nas categorias pequenas. Sempre acompanhei o Miguel, porque era muito rápido desde o início, gosto do seu estilo de pilotar, é um piloto inteligente, limpo e preciso, e provou que a KTM avançou muito em comparação com o ano passado, agora é uma moto muito competitiva”, analisou. “E com um ano de experiência, Miguel está pronto para lutar pela vitória, é muito jovem. Acho que vai virar piloto top na MotoGP no futuro.”