Valentino Rossi falou pela primeira vez com a imprensa hoje (5), após ter seu recurso rejeitado pela Corte de Arbitragem do Esporte (CAS). O italiano se disse desiludido com a decisão do tribunal, mas ainda não jogou a toalha com relação ao título: “minha velocidade será crucial“, disse.
Os pilotos já estão no paddock de Valência para a última etapa do campeonato mundial de movelocidade, entretanto a entrevista coletiva, que sempre é feita com os destaques da etapa passada foi cancelada pela Dorna, para evitar os conflitos vistos na Malásia. Rossi, no entanto, não ficou calado.
Muito procurado, o italiano falou com a imprensa nos boxes da Yamaha. Quase nada foi dito sobre os incidentes de Sepang, já que a direção da MotoGP pediu a todos que evitassem de falar sobre o assunto. Sobre a negativa da Corte de Arbitragem do Esporte ao seu pedido de anulação da pena de três pontos que levou na Malásia, Rossi disse que se sentia mais desiludido do que com raiva.
“Estou mais desapontado do que com raiva. Lamento não ter uma chance de ganhar o título que construí até agora este ano em condições iguais. Estas são as regras do jogo, você tem que aceitá-las e espero ser competitivo, a fim de continuar a jogar. Estou feliz que os fãs mudaram suas mentes e que as pessoas entendam o que aconteceu. É um pequeno consolo, embora eu preferisse não começar em último e não ser consolado.” (Valentino Rossi)
Quanto à corrida Rossi, como era de esperar, acha que essa é uma missão muito difícil. Entretanto, fez questão de não entregar os pontos garantindo que sua equipe dará o melhor de si, precisando tomar as decisões certas.
“Infelizmente começar em último torna tudo difícil. Teria sido difícil de qualquer maneira, mas largando da parte traseira do grid é muito mais difícil, a partir de diversos pontos de vista. Faremos o nosso melhor, vamos tentar manter o foco e trabalhar o melhor durante todo o fim de semana e obter um domingo competitivo. Minha velocidade será crucial. Esta será uma longa corrida e quando você tem que recuperar posições é mais arriscado. Por agora tenho de tentar fazer todas as escolhas certas: acerto, pneus…”
Os jornalistas italianos também perguntaram se considerava esse o maior desafio da sua carreira: “seria um desfio muito grande largando de uma posição normal, mas de último não sei, não depende só de mim“, afirmou. E sobre as chances de ser campeão: “É muito difícil dizer“.