Valentino Rossi não está muito confiante de que a Yamaha tenha realmente melhorado após o surpreendente bom desempenho apresentado no GP da Tailândia, domingo passado. Para o italiano, o resultado é ocasional e a equipe precisa continuar trabalhando duro.
Após várias corridas ocupando apenas posições intermediárias, a Yamaha ressurgiu na Tailândia colocando Rossi em segundo no grid de largada e Viñales em quarto. Durante a corrida, os dois chegaram a disputar a vitória com o vencedor Marc Márquez.
“No papel, esta pista não é para a Yamaha. Eu esperava muito mais problemas“, confessou Rossi ao jornal British Express. “Por exemplo, eu esperava ser mais forte em Misano, mas lutamos muito mais com a moto. Eu acho que na Tailândia não foi tanto o layout da pista e sim a aderência do asfalto que nos ajudou“, aponta.
Apesar do bom resultado, Rossi não se ilude. “Infelizmente, há um risco de que a Yamaha ache que resolveu seus problemas, mas essa é uma mentalidade de perdedor” crava. “Os nossos engenheiros estão sempre felizes quando Viñales testa e diz que o fizemos”, revela. “Se eu fosse engenheiro da Yamaha, analisaria os resultados da segunda parte da temporada e não apenas de uma corrida“.
Para Rossi, a próxima etapa no Japão será decisiva para avaliar a situação da Yamaha. “Se queremos ser competitivos, temos de ser fortes em todos os aspectos, porque a Ducati e a Honda são assim. Na minha opinião, ainda falta alguma coisa, mas vamos ver em Motegi“. Pela primeira vez desde que chegou à MotoGP (em 2000), o italiano corre o risco de encerrar o ano sem vencer nenhuma corrida.