Aos 40 anos, Valentino Rossi foi um dos pilotos que mais rodou no primeiro dia de testes coletivos em Valência ontem (19). O eneacampeão avaliou as novidades trazidas pela Yamaha e o primeiro dia de trabalho com o novo chefe de equipe, David Muñoz.
Rossi completou 73 voltas com a nova YZR-M1 2020, a melhor delas em 1min31s012 ficando a 0s849 do líder Fábio Quartararo na primeira sessão. O italiano, no entanto, se mostrou muito satisfeito com o progresso alcançado.
“A primeira impressão é muito positiva, mas ainda é muito cedo para fazer um julgamento. O sentimento é definitivamente bom, mas precisamos de mais dias de testes e quilômetros para chegar à frente. Mas, no primeiro dia, a primeira impressão é positiva“, garante. “Trabalhamos muito com a moto e o sentimento já é diferente deste ano. Mas ainda há muito trabalho a fazer“.
A principal novidade trazida pela Yamaha para os testes de Valência foi um novo motor com maior potência e melhor entrega, uma das principais deficiências apontadas por Rossi nos últimos anos. Quanto a isso, o italiano também gostou do que viu, apesar de achar o circuito Ricardo Tormo inadequado para a avaliação definitiva.
“Valência não é a pista mais adequada para avaliar certas coisas. A reta é curta, mas o motor parece melhor. Não apenas a potência, mas também a entrega, em qualquer caso, não é a versão definitiva“, revelou Rossi. “Em Sepang, eles trarão outra evolução, mas foi importante testá-lo aqui e em Jerez. A diferença de velocidade máxima com os rivais ainda é grande, mas já foi maior, diminuiu um pouco“.
Quanto ao chassi, Rossi mostrou-se mais comedido. “O chassi agora não é nossa prioridade, mas a Yamaha também está trabalhando nele. Eles tentaram melhorar a agilidade e a precisão entrando em uma curva, embora não existem grandes diferenças. As sensações são muito semelhantes ao chassi atual“, avalia.
Para Valentino, no entanto, o mais importante é que a equipe parece saber qual a direção a seguir no momento. “Agora há menos confusão do que no passado, agora o programa e o caminho a seguir são mais claros. Por exemplo, no ano passado, tínhamos dois ou três motores para escolher, agora só temos um e ele está em constante evolução“, explica.
Esse também foi o primeiro dia de trabalho de Rossi com seu novo chefe de equipe, David Muñoz, que substitui Silvano Galbusera. “A primeira impressão é positiva, já conheço David trabalhando com nossa equipe de Moto2 e é por isso que eu sei como ele trabalha”, comentou. “Mas ainda é muito cedo para ele, ele deve primeiro entender como a moto de MotoGP funciona, porque ele não tem experiência. No entanto, ele tem os engenheiros da Yamaha como suporte, então acho que ele terá tempo suficiente nas férias de inverno para se familiarizar com a MotoGP“, acredita.