Entrevistado pela imprensa italiana, Valentino Rossi analisou as novas contratações de pilotos para a temporada 2017. O eneacampeão não escondeu a preocupação com a chegada de Maverick Viñales, mas admite que a Yamaha escolheu o piloto certo.
Rossi foi entrevistado por Guido Meda, aclamado jornalista esportivo italiano para um especial do canal Sky. O piloto de 37 anos analisou a contratação de Viñales, a ida de Andrea Iannone para a Suzuki, sua atual relação com Jorge Lorenzo e outros assuntos.
“Por um lado, estou preocupado porque é outro companheiro de equipe muito forte. Tem 21 anos, é de 1995 e ainda tem muito espaço para melhorias, já está provado ser um dos mais fortes. Por outro lado, estou feliz porque vamos ser uma equipe muito forte. Eu sou mais velho e tenho mais experiência; ele é mais jovem e tem que aprender, mas ambos são fortes, por isso, a Yamaha fez um bom trabalho. Lamento um pouco pela Suzuki e Davide Brivio, porque Maverick é muito forte, mas para a Yamaha é muito positivo.” (Valentino Rossi)
Meda, então perguntou à Rossi se a contratação de Viñales foi melhor que a de Dani Pedrosa, que também havia sido muito especulado na Yamaha: “Na minha opinião sim“, respondeu o italiano. “Pedrosa é muito forte, talvez mais do que nunca, mas ele já tem demonstrou todo o seu potencial. Viñales, no entanto, ainda não“.
Rossi também analisou a contratação de Andrea Iannone pela Suzuki, o escolhido pela marca de Hamamatsu para substituir Viñales. O italiano de 26 anos era o favorito do eneacampeão para ocupar o lugar de Lorenzo na Yamaha.
“Vejo com bons olhos, acho que podem ser fortes, porque Iannone é um piloto muito rápido. Infelizmente, este ano tem cometido erros, mas é um dos pilotos mais rápidos na pista. Não acho que a Suzuki seja pior do que a Ducati. Além disso, os japoneses sempre tem ideias muito claras e uma maneira muito lógica de desenvolver a moto.”
Rossi teceu poucas palavras a seu ainda companheiro de equipe, Jorge Lorenzo admitindo que os dois não se falam desde o final do ano passado: “A relação não é fantástica e não queremos nos ver, ele está lá e eu aqui por isso muda pouco.”
Rossi evitou falar de Marc Márquez, mas explicou os pontos fortes da Honda: “eles tem muita estabilidade nas frenagens, quando vão rápido podem derrapar na entra e na saída das curvas, principalmente Márquez, Pedrosa um pouco menos. Provavelmente o modo de pilotar essas motos é esse” Por fim, Rossi tem apenas um pedido à Yamaha: “um pouco mais de potência em alta“.