Insatisfeito, Valentino Rossi admite que a idade esteja começando a pesar, mas não acredita que esse tenha sido o principal motivo do fraco desempenho apresentado nas últimas etapas. “Já era velho quando quase venci em Austin“, relembrou.
Rossi conquistou apenas uma pobre oitava posição no Grande Prêmio da Alemanha, realizado no domingo passado em Sachsenring. Na corrida de 2018, o italiano ficou em segundo, posição agora ocupada por seu companheiro de equipe Maverick Viñales. Enquanto isso, Marc Márquez venceu pela 10º vez no circuito.
“Claro que eu não gosto dessa situação“, admitiu em entrevista ao Speedweek. “Mas eu tive períodos semelhantes de fraqueza na minha carreira e sempre fui capaz de vencer corridas novamente. Ganhei 89 corridas na Classe Rainha e quando me lembro dessas conquistas, lembro que não sou um piloto tão ruim. Não é vergonha que as 89 vitórias parem assim, mas eu não vou desistir“, garante.
Rossi acredita que sua lentidão esteja sendo causada por problemas técnicos: “Não há como negar que sou velho. Mas eu já era velho em 2018 – e há cinco anos“, relembra. “Eu também estava velho em abril, quando quase venci no Texas“, acrescentou. “Não sinto que alguma coisa tenha mudado na minha cabeça nos últimos doze meses. Eu tenho motivação, estou ansioso pela próxima corrida e não há falta de concentração. Então não é o piloto que estava 20 segundos mais lento no GP da Alemanha do que doze meses atrás. Temos que pesquisar as causas“, acredita.
O eneacampeão também se apoia no argumento de que costuma ser forte nessa fase do campeonato: “Admito que estamos em uma situação difícil porque eu esperava muito do GP da Alemanha depois de terminar em segundo no ano anterior. Me senti bem em Assen e não entendemos porque o mesmo não aconteceu em Sachsenring. Isso faz com que eu tenha esperança e suspeite de que possamos sair dessa situação“.
Rossi também revelou que está utilizando um chassi diferente de Viñales. “Eu fiquei com o mesmo chassi que tinha na primavera. O que Maverick usa hoje, eu não sei exatamente, eu não sei as diferenças. Existem pequenas diferenças. Mas elas só podem ser explicadas por Maverick ou um engenheiro da Yamaha“, explica.
O Doutor ainda garantiu que não pretende demitir o seu chefe de equipe Silvano Galbusera, assim como fizera com o lendário Jeremy Burgess em 2014: “Não estou planejando nenhuma mudança. Eu me sinto bem com minha equipe completa de engenharia. Nós trabalhamos cuidadosamente“, garante. “Estamos com Silvano há seis anos, mas precisamos trabalhar com ele para encontrar uma maneira de sair dessa bagunça, eu acho“, completou.