Assim como Joan Mir, Alex Rins também vem sendo especulado na Yamaha para 2024, inclusive com mais força. O espanhol, vencedor de seis corridas na MotoGP, já pode até ter assinado o contrato nessas férias de verão.
Mir e Rins tem algo em comum: ambos vieram da Suzuki, equipe que deixou de existir no final de 2022 e tinha uma moto conceitualmente muito parecida com a Yamaha, ou seja, com um motor de quatro cilindros em linha e quadro com duas longarinas de alumínio.
Rins, inclusive, venceu a última corrida da temporada passada, em Valência, finalizando com chave de ouro a história da Suzuki na MotoGP. Esse ano, foi o único piloto capaz de vencer com uma Honda, no GP dos Estados Unidos, no Circuito das Américas.
Mas Rins, lesionado após um acidente no GP da Itália, está insatisfeito. Os executivos da Honda Racing Corporation aparentemente o atraíram com grandes promessas que nunca foram realmente cumpridas. É por isso que os testes de inverno já foram bastante decepcionantes.
Essas reivindicações foram reforçadas no GP da Holanda, quando o seu substituto, Stefan Bradl, não recebeu nenhum dos cinco chassis Kalex entregues na sexta e no sábado e teve que se contentar com quadros do ano modelo 2022.
De acordo com o Speedweek, apenas no WarmUp de domingo é que Bradl conseguiu um chassis Kalex, porque Marc Márquez resolveu regressar aos quadros originais Honda e decidiu não participar na corrida depois de terminar em 17º na Sprint Race de sábado.
Rins, portanto, começou a negociar com a Monster Yamaha Factory Team exatamente nessa época. Isso foi possível porque o seu contrato de dois anos com a HRC inclui uma cláusula de exclusão – se receber uma oferta de uma equipe de fábrica na MotoGP.
Fabio Quartartaro, que ganha cerca de 10 milhões, deve continuar na Yamaha e também tem poder de influenciar o novo piloto. O francês quer um alguém com experiência para ajudar no desenvolvimento, já que não haverá equipe satélite em 2024. Rins também cumpre esse requisito.
Quanto a Franco Morbidelli, nem mesmo o italiano parece interessado em continuar na Yamaha. O piloto vem sendo especulado na VR46, no lugar de Marco Bezzecchi, que iria para a Pramac Ducati no lugar de Johann Zarco. Este, por sua vez, ocuparia o lugar de… Alex Rins, na LCR!
Mas a VR46 não estaria disposta a liberar o passe de Bezzecchi – que está disputando o título – e tenta mantê-lo por mais um ano. Nesse caso, Morbidelli seria realocado na Gresini, no lugar de Fabio Di Giannantonio. Nada mal para uma silly season que parecia ser chata.